Mais um ‘front’! Indonésia desdobra os A-29 Super Tucano para defender a fronteira norte do país

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A-29 da Indonésia

Embraer A-29 Super Tucano fotografado antes da entrega à Indonésia, ainda com a matrícula brasileira

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Aéreo

Depois de ser escolhido para ver o combate COIN (counterinsurgency) em cenários tão diversos quanto a fronteira leste do Líbano, o lado Oeste do Afeganistão, a parte meridional da Indonésia e os areais da República Islâmica da Mauritânia, entre outros, o turboélice A-29 Super Tucano da Embraer está recebendo nova missão.

O governo de Jacarta escolheu o EMB-314 para ser o seu “representante” (componente) aéreo no esforço tripartite anti-guerrilha montado este ano pelas Forças Armadas da Indonésia, Malásia e Filipinas.

A Aviação Militar Indonésia decidiu criar uma nova estrutura operacional (a princípio, seis aeronaves) no Aeroporto Internacional Juwata, da ilha de Tarakan, bem defronte à cidade malaia de Sabah.

A unidade será formada com parte dos 15 Super Tucanos adquiridos à companhia brasileira Embraer (eram 16 aparelhos, mas um foi perdido em fevereiro de 2016) entre os anos de 2010 e 2016.

Os aviões compõem, atualmente, o Esquadrão Nº 21, sediado no Aeroporto Abdul Rachman Saleh, de Malang, 1.373 km (em linha reta) ao sul de Tarakan.

Na terceira semana de junho último, a Administração do presidente filipino Rodrigo Duterte anunciou a formação de uma Patrulha Marítima Trilateral com a Indonésia e a Malaísia, para combater os ativistas islâmicos apontados como responsáveis por ações de pirataria marítima, terrorismo e sequestros.

Desde essa época a cooperação militar entre esses países vem se expandindo.

Base – Os Super Tucanos serão alojados em um estacionamento de aeronaves de 183 m de comprimento, concluído em dezembro de 2014 para abrigar quatro caças Sukhoi Su-30 e dois quadrimotores de carga Hercules C-130.

O plano do governo de Jacarta é organizar em Tarakan uma base de operações de Defesa Aérea, que além dos Super Tucanos, possa abrigar uma unidade de aeronaves de vigilância não tripuladas.

A primeira etapa do plano deverá estar totalmente concluída no ano de 2022. Posteriormente os indonésios planejam ampliar essa infraestrutura, de maneira a que as instalações militares se expandam e fiquem aptas a receber outros tipos de aeronave, de combate aéreo, ataque ao solo e busca e resgate.

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