Brasil e Suécia aprovam Plano Estratégico de Cooperação no setor aeronáutico
Estocolmo (26 de outubro) – No último dia da missão técnica do governo brasileiro à Suécia, o secretário-executivo do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Marcos Jorge de Lima, e o vice-ministro de Economia e Inovação, Niklas Johansson, aprovaram o Plano Estratégico de Trabalho para os dois países em cooperação aeronáutica no período de 2018 a 2020. O documento estabelece áreas prioritárias de cooperação como redes de comunicação e segurança cibernética; sistemas autônomos; sensores; sistemas intensivos em software, entre outros.
“É uma parceira de mão dupla com um país que tem mais 200 empresas no Brasil gerando mais de 60 mil empregos e que manifesta formalmente sua intenção de continuar investindo nesta parceria”, afirmou Marcos Jorge.
O documento foi assinado após a terceira reunião do Grupo de Alto Nível Brasil Suécia em Aeronáutica (GAN), realizada na manhã de hoje, no Ministério de Economia e Inovação da Suécia, em Estocolmo. Na abertura da reunião, o vice-ministro Niklas Johansson, se disse impressionado com o amplo escopo das medidas e projetos em andamento, com destaque para a vinda de engenheiros brasileiros para Linköping, cidade a 160 km de Estocolmo, onde estão sendo construídos os primeiros caças Gripen comprados pela Força Aérea Brasileira.
Em 2018 deverá ter início a implementação do Plano Estratégico dando continuidade aos projetos já iniciados e priorizando as áreas elencadas. Estão previstas mais quatro reuniões do comitê para realizar o acompanhamento. A próxima reunião do GAN será realizada no Brasil, em novembro de 2018.
GAN
O Grupo de Alto Nível de Cooperação em Aeronáutica foi criado pela Comissão Mista de Cooperação Econômica, Comercial e Tecnológica Brasil-Suécia (Comista), e pode ser considerada um desdobramento da compra de 36 aviões de caça suecos realizada pelo Governo brasileiro. O órgão que coordena o GAN, no Brasil, é o MDIC.
Uma das principais razões para a escolha da empresa sueca frente aos demais concorrentes foi a transferência de tecnologia e a possibilidade de inserção das empresas brasileiras na cadeia de fornecimento global da Saab, por meio da fabricação de alguns componentes do caça Gripen NG, proporcionando, ao Brasil, o acesso a novos mercados.
O objetivo do Grupo é promover a cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, entre academia, indústria e os governos, apoiando iniciativas para criação conjunta de projetos, estudos e outras atividades no setor aeronáutico.
FONTE: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços