Pilotos de F-35A relatam mais cinco episódios de hipoxia
Por Lara Seligman
Os F-35 da Força Aérea dos EUA em Luke AFB, Arizona, estão de volta aos céus depois que uma série de episódios fisiológicos (PEs) fizeram o serviço impedir o voo da aeronave neste verão, mas os eventos preocupantes continuaram em toda a frota de F-35, com pilotos relatando formigamento de dedos e outros sintomas que indicam hipoxia cinco vezes separadas desde que os voos foram retomados em Luke.
Esses incidentes refletem um pico significativo em PEs registrados no F-35A nos últimos meses. De 2006 a 2016, o tipo viu apenas 10 PEs; em 2017 até agora, o Escritório do Programa Conjunto F-35 registrou outros 10, duplicando o número total relatado. Cinco daqueles 10 ocorreram entre 2 de maio e 8 de junho em Luke, e fizeram a Força Aérea groundear temporariamente os F-35 nessa base.
Desde que os F-35s de Luke voltaram a voar, os pilotos relataram três PE adicionais, de acordo com o coronel Ben Bishop, comandante do 56º Grupo de Operações e piloto de F-35. Os sintomas foram mais leves do que nos cinco eventos iniciais e, em cada caso, os pilotos conseguiram recuperar a aeronave com segurança, disse à Aviation Week em uma entrevista de 23 de outubro.
A taxa de PEs no F-35A é significativamente maior do que nas outras variantes de F-35. No geral, desde 2006-2017, o JPO registrou 29 PEs em todas as variantes do F-35: 20 no F-35A; quatro no F-35B do USMC; e cinco no F-35C da US Navy.
Depois de meses de investigação, a equipe que pesquisa PEs no F-35A ainda não encontrou uma causa raiz do problema. A equipe ainda não tem certeza se os incidentes indicam hipoxia real — falta de oxigênio no sangue — ou qualquer número de estados fisiológicos semelhantes, como a hipercapnia (altos níveis de dióxido de carbono no sangue, às vezes causados por hiperventilação), hipoxia histotóxica (a presença de uma toxina), doença de descompressão, ou mesmo simplesmente desidratação, falta de sono ou nervosismo.
Mas, embora os incidentes continuem a ocorrer em Luke e em outros lugares, a equipe está pelo menos delimitando o problema.
FONTE: aviationweek.com