F-35 é rainha de hangar?
Aeronave sofre por escassez de peças e reparos lentos, diz auditoria
Por Anthony Capaccio
O Pentágono está acelerando a produção do jato F-35 da Lockheed Martin Corp. mesmo que os aviões já entregues enfrentem “tempos de reparo significativamente mais longos” do que o planejado porque as instalações de manutenção têm um atraso de seis anos, de acordo com um projeto de auditoria.
O tempo para reparar uma peça leva uma média de 172 dias — “o dobro do objetivo do programa” — descobriu o Government Accountability Office, agência de fiscalização do Congresso. A escassez “degrada a prontidão” porque os aviões de combate “não conseguiram voar cerca de 22% do tempo” de janeiro a agosto, por falta de peças necessárias.
O Pentágono disse que os custos crescentes para desenvolver e produzir o F-35, o sistema de armas mais caro dos EUA, foram controlados, com o preço já projetado em US$ 406,5 bilhões. Mas o relatório do GAO levanta novas dúvidas sobre a estimativa oficial de que manter e operá-los custará US$ 1,12 trilhão adicional ao longo de seus 60 anos de vida.
A agência disse no projeto obtido pela Bloomberg News que o Departamento de Defesa “deve esticar seus recursos para atender às necessidades de desenvolvimento e produção contínua do sistema e, ao mesmo tempo, sustentar as mais de 250 aeronaves já recebidas”.
A manutenção da frota de F-35 se tornará mais desafiadora, já que o Pentágono se prepara para o que o gerente do programa chamou de “tsunami” de nova produção para uma eventual frota americana planejada de 2.456 aviões, além de mais de 700 aviões adicionais a serem vendidos para aliados.
FONTE: Bloomberg, publicado em 23 de outubro de 2017