FGFA

Concepção do FGFA, baseado no PAK FA/T-50, recentemente designado como Su-57 na Rússia

O governo Narendra Modi agora tem um problema nas mãos. O Programa Indo-Russo de Caça de Quinta Geração (FGFA) foi planejado há uma década e vários bilhões de dólares foram gastos pelos dois países no seu projeto e desenvolvimento.

No que diz respeito à Força Aérea da Índia, o FGFA faz parte do seu futuro. Mas com a IAF passando ao governo suas dúvidas sobre o projeto por escrito, o governo Modi terá um problema nas mãos. Aceitará a opinião da IAF e encerrará o programa em que investiu fortemente por anos? Isso se torna complicado, pois os russos ainda são o aliado militar mais próximo da Índia e a decisão de não avançar pode enfraquecer os laços. Também haverá, com certeza, pressão dos russos. Continuar com o programa também faria a Força Aérea infeliz.

Juntamente com um relatório do Air Marshal S Varthaman (reserva), a Força Aérea enviou uma nota ao Ministério da Defesa. A nota é redigida pelo Chefe Adjunto da Força Aérea (Planos) Air Vice Marshal BV Krishna. Mas enquanto o relatório de Varthaman parece apoiar o projeto, os documentos de Krishna levantam dúvidas. Naturalmente, o governo terá que levar em conta o que a Força Aérea quer e neste ponto, a IAF não parece muito interessada.

Arun Jaitley, o então ministro da Defesa, já assistiu a uma apresentação sobre o assunto. Em uma coletiva de imprensa recente, o Air Chief Marshal BS Dhanoa se recusou a falar sobre o assunto, dizendo que era reservado. Mas vários pontos sobre a insatisfação da Força Aérea com o avião emergiram:

PAK FA Su-57

1. A área de superfície da seção transversal do radar, de acordo com os russos, será menor que 0,5 metro quadrado. A IAF não tem certeza de que será assim. Em qualquer caso, há uma crença de que deve ser de 0,2 metro quadrado, comparável com o F-35, o avião de combate americano. Quanto maior a seção transversal, mais visível o avião é para os radares, tornando mais fácil localizá-lo e acertá-lo com mísseis. Uma seção transversal maior torna-o mais vulnerável.

2. A IAF parece ter dúvidas sobre o desempenho do motor. Um propulsor é mais fácil de se manter se seguir o “conceito modular”. Parece que não há certeza se será assim.

3. Existe também a questão da manutenção. Os aviões russos geralmente são mais baratos, mas eles custam mais quando se trata de manutenção. O FGFA, no entanto, tem sido um avião caro para se desenvolver e ainda está longe de estar pronto. Inicialmente, falou-se que o avião estaria pronto até 2017 e depois, 2019. Isso parece improvável agora.

A nota veio na sequência do relatório de Varthaman, que deu ao caça de quinta geração o sinal verde. A Força Aérea, a DRDO, a ADA e a HAL fizeram parte do estudo.

Agora, fontes de alto nível disseram que uma decisão política deve ser tomada.

A Índia e a Rússia eram aliados estratégicos-militares e este programa era parte do futuro em relação aos dois países. A Rússia forneceu à Índia um submarino com propulsão nuclear, um ponto que seus oficiais costumam lembrar. Mas com a Força Aérea não muito feliz com o FGFA, cabe ao governo decidir se o acordo continua ou não.

A decisão também deve ser tomada no mais alto nível. Há algumas preocupações sobre o que acontecerá se o negócio acabar. Será que os russos jogariam duro no acordo do sistema de defesa aérea S-400? Este sistema é algo que a Índia quer.

FONTE: idrw.org

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