Argentina: falta de dinheiro causou mais perdas do que a Guerra das Malvinas

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A-4AR

Jatos A-4AR da FAA

Ex-ministro da Defesa argentino, Julio Martinez, criticou as políticas governamentais para com as Forças Armadas, afirmando que a falta de fundos causou mais perdas do que a Guerra das Malvinas

Por George Allison

“Nós conseguimos começar a recuperação das Forças Armadas Argentinas e o respeito que merecem, uma vez que são uma instituição do sistema democrático”, disse Martinez.

De acordo com a mídia local, quando perguntado mais especificamente sobre seus comentários, Martinez disse que, quando assumiu o cargo, foi informado de que, durante o conflito do Atlântico Sul, a Argentina perdeu 72 aeronaves, mas “sob o Kirchnerismo perdemos mais de uma centena de aviões”.

As aeronaves militares deixaram de operar por causa da “falta de manutenção, peças sobressalentes, remodelação e simplesmente porque não havia fundos investidos”.

Ele acrescentou que a fábrica de aeronaves de Córdoba tinha uma equipe de 1.500 pessoas, “e nenhuma aeronave foi construída em dez anos”.

A última grande compra de aeronaves para renovar a capacidade da Força Aérea Argentina (FAA) aconteceu em 1995, quando 32 aviões A-4AR Skyhawk foram adquiridos dos Estados Unidos, por 400 milhões de dólares.

Contudo, sob as administrações de Kirchner, os famosos caças-bombardeiro Mirage foram desativados e voaram pela última vez em novembro de 2015.

Os problemas não param por aí, suas equipes de submarinos, apesar de se beneficiar de uma atualização recente, precisam de pelo menos 190 dias de prática de imersão e, em 2014, apenas passaram 19 horas submersas. Uma situação semelhante é enfrentada por seus quatro contratorpedeiros, eles não têm nenhum armamento.

De acordo com o IHS Jane’s, “a Força Aérea Argentina está reduzindo drasticamente o horário de trabalho de suas equipes e desativando seu últimos aviões de combate em meio a questões orçamentárias contínuas.

Uma agenda diária recentemente publicada indica que o horário de trabalho do serviço foi significativamente reduzido, de 8h a 13h; o racionamento de alimentos, o consumo de energia e os materiais de escritório foram direcionados aos funcionários da sede e aos residentes da propriedade; e apenas o pessoal mínimo necessário para a equipe de funcionários, diretorias e comandos está funcionando”.

Quando o Presidente dos EUA Barack Obama visitou a Argentina em março de 2016, o Air Force One foi acompanhado por caças F-16 da US Air Force porque a Argentina só poderia oferecer Pucarás e Pampas para a defesa aérea.

FONTE: ukdefencejournal.org.uk

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