O substituto do F-22 Raptor está começando a tomar forma
“Penetrating Counter Air” será mais furtivo, terá maior alcance e carregará novos mísseis
Por Kyle Mizokami
A Força Aérea dos EUA está finalizando os requisitos de tecnologia para um novo avião de combate para entrar no serviço em algum momento da década de 2030. Conhecido como “Penetrating Counter Air”, o novo caça substituirá o Raptor F-22 e manterá a superioridade aérea americana em futuros conflitos. O caça de sexta geração incorporará uma série de novas tecnologias que, por enquanto, existem apenas na prancheta de desenho.
Citando a existência de armas russas avançadas, como o sistema de mísseis de defesa aérea S-400 e o caça Su-57 (anteriormente PAK-FA), o chefe do Comando de Combate Aéreo, Mike Holmes, disse à Aviation Week & Space Technology que, mesmo que o F-22 e o F-35 continuem a ser melhorados: “eventualmente, você terá um limite na sua capacidade de melhorar essas plataformas e, portanto, precisamos ter algo mais preparado”.
Os EUA não projetaram um caça a partir do zero em vinte anos e o Penetrating Counter Air (PCA) diferirá do F-22 e F-35 em algumas maneiras para lidar com novas realidades estratégicas. Por um lado, o PCA enfatizará o alcance, particularmente para voar missões de escolta para bombardeiros B-2 e B-21 sobre a Rússia e contra a China na Ásia-Pacífico. Esse tipo de missões eram impensáveis há apenas cinco anos.
O problema é que um motor eficiente que economiza combustível é algo diferente de um motor de alto desempenho, que tem como objetivo dar aos caças uma vantagem no combate aéreo. A Força Aérea espera o melhor de ambos os mundos com a chamada “propulsão de três fluxos”, que usa um terceiro fluxo de ar para tornar o motor mais eficiente ou fornecer mais empuxo.
O PCA também será furtivo e, provavelmente, perderá as caudas verticais que são padrão em todas as aeronaves, desde o P-51 Mustang até o F-22 Raptor. As derivas verticais da cauda são impedimentos importantes para alcançar uma furtividade durável contra vários tipos de radares, e foram abandonadas pela primeira vez com o bombardeiro B-2 Spirit. (Na verdade, provavelmente nunca haverá uma aeronave de combate dos EUA construída com uma cauda vertical novamente, a menos que a tecnologia furtiva seja tão comprometida que se torne irrelevante.)
A Aviation Week também informa que a USAF está buscando financiamento para um novo “Air-Dominance Air-to-Air Weapon”, que provavelmente substituirá o míssil ar-ar A-120 AMRAAM de médio alcance. O AMRAAM é um míssil de trinta anos e está sendo eclipsado por outros projetos, incluindo o AAM-4B do Japão e o míssil Meteor do Reino Unido.
A Força Aérea solicitou US$ 294,7 milhões no exercício de 2018 para continuar estudando o PCA e trabalhar nas especificações.
FONTE: Popular Mechanics/Aviation Week & Space Technology