OA-X e LASSO: EUA têm agora dois experimentos de ataque leve
Em 31 de julho de 2017, a USAF deu início à tão aguardada avaliação de ataque leve, comumente conhecida como OA-X e formalmente denominada como Capability Assessment of Non-Developmental Light Attack Platforms, ou Combat Dragon III. As quatro aeronaves participantes são: A-29 Super Tucano da Sierra Nevada Corporation e Embraer, AT-6 Wolverine e jato Scorpion da Textron, e OA-802 da Air Tractor e L-3.
Poucos dias antes da avaliação ter começado, a USAF também anunciou que trabalharia em um programa com o U.S. Special Operations Command (SOCOM) chamado Light Attack Support for Special Operations (LASSO).
Embora sejam programas distintos, é possível que eles acabem se tornando complementares.
Segundo um oficial da USAF, o OA-X busca essencialmente avaliar o desempenho das plataformas enquanto o LASSO avaliará o desempenho de sistemas que podem ser instalados em aeronaves de ataque leve para apoiar operações especiais, independentemente da plataforma ou “platform-agnostic”.
As forças de operações especiais dos Estados Unidos têm testado há algum tempo aeronaves de ataque leve. Elas foram os principais impulsionadores de muitos projetos similares recentes, incluindo o teste de campo Combat Dragon II que enviou dois turboélices OV-10G+ Bronco altamente modificados, que a Marinha tomou emprestado da NASA, para combater o ISIS no Iraque em 2015.
Em 2010, a US Navy também testou durante um ano uma aeronave A-29 Super Tucano alugado da empresa Blackwater Worldwide para apoiar forças de operações especiais de maneira “orgânica”. A ideia era operar a partir de pistas não preparadas ou rodovias, podendo ser reabastecida e rearmada em poucos minutos para voltar rapidamente à ação.
A visão do programa era contar com uma aeronave biposto, com piloto e operador de sensores, que pudesse manter-se na área durante as operações especiais, com características de grande alcance, boa manobrabilidade e baixa assinatura térmica.
A intenção, na chamada Phase II do programa, era dividir custos entre as três forças (estimados em 44 milhões de dólares), para o leasing de quatro aeronaves e deslocá-las para o combate o mais rápido possível.
Denominado programa “Imminent Fury” ou Combat Dragon I, acabou não indo adiante por questões de lobby.
Desdobramentos do OA-X
Mais especificamente, os aviões poderão participar da luta contra o Estado Islâmico e outros grupos terroristas, disse a secretária da Força Aérea, Heather Wilson, a jornalistas na quarta-feira.
Foi informado também que embora não haja um vencedor declarado na demonstração de ataque leve, o A-29 Super Tucano e o AT-6 Wolverine já parecem estar um passo à frente das outras opções para passar à próxima fase. Ambas as aeronaves foram classificadas como “tier one” pela USAF para o propósito do experimento, o que significa que eles atendem a todos os requisitos da Força Aérea, que incluem a capacidade de decolar de campos não preparados e ter assentos ejetáveis.