O post sobre as deficiências da câmera noturna do capacete do F-35B (clique aqui para ler) despertou uma larga discussão sobre os dispositivos de visão noturna do caça. O texto a seguir procura elucidar alguns pontos para refinar a discussão.

A imagem acima mostra algumas diferenças entre a Geração II e a Geração III do capacete do F-35. Em destaque vermelho aparecem as duas câmeras de visão noturna (FCAM e HCAM) que trabalham combinadas para fornecer imagens detalhadas para operações noturnas de pouso e decolagem, especialmente em ambiente marítimo.

A FCAM é fixa sobre a cobertura do painel e voltada para frente. Ela sobrepõe as informações do HUD do capacete sobre o imageamento noturno. Já a HCAM (ou HMC – Helmet Mount Camera) acompanha o movimento da cabeça do piloto.

Uma das modificações entre as duas gerações de capacetes está na substituição do sensor ISIE-10 pelo ISIE-11. Entre outras coisas, a troca do sensor proporcionou o aumento da resolução de 1280×1024 pixels para 1600×1200 pixels.

Algumas pessoas podem perguntar por que o F-35 não utiliza os sensores IR do EO-DAS (AN/AAQ-37 Electro-Optical Distributed Aperture System). Na verdade o EO-DAS oferece, entre outras coisas, imagem de visão noturna para funções táticas da aeronave assim como outros sensores semelhantes que existem no mercado para diversas outras aeronaves também o fazem. Ele não possui a resolução necessária para fornecer o detalhamento exigido em operações de pouso vertical em ambiente marítimo.

Tendo isso em mente, fica claro a importância do sistema FCAM/HCAM para as operações embarcadas noturnas. Abaixo foram separados e editados dois vídeos exibidos durante a Flight Test Safety Workshop.

O primeiro dos vídeos mostra um pouso noturno a bordo do USS America durante uma noite de Lua cheia.

No segundo vídeo (abaixo ) ficam evidentes os problemas da falta de luminosidade adequada quando não há Lua durante a mesma operação.

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