Su-22 sírio lançando bomba contra posições na Síria

F/A-18E Super Hornets

A CNN informou que teve acesso a novos detalhes do raro encontro ar-ar no domingo entre um caça sírio Su-22 e dois caças F/A-18E Super Hornet dos EUA nos céus sobre a Síria, a primeira vez que um avião de combate dos Estados Unidos abateu uma aeronave tripulada desde 1999.

O incidente ocorreu depois de uma série de confrontos entre as tropas pró-regime e o grupo anti-ISIS apoiado pelos EUA, as Forças Democráticas da Síria (SDF), perto da cidade de Ja’Din, ao sul de Tabqah, na Síria.

De acordo com o Pentágono, os soldados do regime, equipados com tanques, artilharia e veículos técnicos, avançavam sobre a posição mantida pelas SDF, forçando a coalizão a usar a linha direta de conflito com os russos na tentativa de retirar as tropas do regime do local.

Quando isso resultou infrutífero, aeronaves da coalizão realizaram “strafing runs” perto das posições do regime, o que interrompeu seu avanço.

Na sequência desse incidente, as aeronaves da coalizão observaram o caça Su-22 sírio voando sobre as posições das SDF.

“Eles viram o Su-22 se aproximando”, disse o capitão Jeff Davis, porta-voz do Pentágono, a jornalistas na terça-feira. “Novamente tinha “asas sujas”, isto é, levava de armas. Eles fizeram tudo o que puderam para tentar avisá-lo. Eles fizeram uma manobras “head-butt”, lançaram flares, mas finalmente o Su-22 entrou em um mergulho e foi observado lançando munições e foi posteriormente abatido”.

“Asas sujas” é um termo militar usado para descrever um avião que transporta armamentos. Em uma manobra “head-butt”, os aviões voam apenas um pouco à frente do outro, para criar turbulência e chamar sua atenção”, explicou Davis.

Su-22 sírio lançando bomba contra posições na Síria

Imediatamente depois que o avião de combate Su-22 sírio deixou cair suas bombas, dois F/A-18E Super Hornets, baseados no porta-aviões USS George H.W. Bush (CVN-77), engajaram disparando um míssil AIM-9X Sidewinder — míssil ar-ar de curto alcance — no avião sírio, a cerca de meia milha de distância, disseram duas autoridades norte-americanas à CNN.

Mas o jato sírio lançou flares defensivos, fazendo com que o míssil dos EUA errasse o alvo. O caça americano então disparou um segundo míssil ar-ar, do tipo AIM-120C AMRAAM, que atingiu o objetivo pretendido, abatendo o avião de guerra sírio e forçando seu piloto a ejetar, acrescentaram os funcionários.

O funcionário disse que o piloto americano viu o piloto da Síria se ejetar e em seguida a abertura de paraquedas, mas os EUA acreditam que o piloto teria pousado em território controlado pelo ISIS na Síria. As Forças Armadas da Síria disseram em um comunicado que o piloto estava desaparecido.

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