F-15 Eagle

Boeing F-15

O Qatar assinou um acordo de US$ 12 bilhões para comprar 36 aviões de combate F-15 dos EUA.

A venda foi finalizada em uma reunião em Washington entre o chefe de defesa dos EUA Jim Mattis e sua contraparte do Qatar.

O acordo vem dias depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o Qatar — um grande aliado dos EUA — de financiar o terrorismo “em um nível muito alto”, uma acusação que o Qatar nega.

Outros países do Golfo recentemente cortaram os laços com Doha, acusando-o de desestabilizar a região através do suposto apoio de grupos extremistas e ligações com o Irã.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, falou aos reis da Arábia Saudita e do Bahrein, bem como ao emir do Qatar, na quinta-feira, instando-os a “abrandarem urgentemente a situação” e “dialogarem de forma significativa”, de acordo com uma declaração de Downing Street.

Qatar é o lar da maior base aérea dos EUA no Oriente Médio, Al-Udeid. Ela abriga cerca de 10.000 soldados e desempenha um papel fundamental nas operações lideradas pelos EUA contra o chamado grupo islâmico (IS) na Síria e no Iraque.

Os comentários do Presidente Trump pareceram em desacordo com o Departamento de Defesa dos EUA, que havia louvado o “comprometimento duradouro do Qatar com a segurança regional” alguns dias antes.

A Arábia Saudita, outro aliado chave dos EUA, movimentou-se para isolar o emirado rico em gás desde o início deste mês. Riyadh isolou sua fronteira, fechou seu espaço aéreo para a Qatari Airways e – juntamente com o Bahrein, os Emirados Árabes Unidos e o Egito – romperam as relações diplomáticas.

Um funcionário do Qatar disse que o acordo para os aviões de combate era “a prova de que as instituições dos EUA estão conosco, mas nunca duvidamos disso”, informou a agência de notícias Reuters.

“Nossos militares são como irmãos. O apoio da América ao Qatar é profundamente enraizado e não é facilmente influenciado por mudanças políticas”, disse o funcionário anônimo.

Uma fonte do Ministério da Defesa do Qatar disse à Reuters que Doha comprou 36 dos aviões.

O acordo ocorre apenas algumas semanas depois que os EUA concordaram em vender aos sauditas mais de US$ 100 bilhões em armas.

À medida que as tensões entre o Qatar e os seus vizinhos aumentam, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, visitaria o Kuwait na quinta-feira, como parte de uma missão para tentar resolver a crise.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, apoiou firmemente o Qatar, chamando as medidas lideradas pelos sauditas de “desumanas e contra os valores islâmicos”. O Kuwait também tem mediado a situação.

Na semana passada, o parlamento turco autorizou o desdobramento de tropas turcas no Qatar no que foi visto como um show de apoio ao emirado. Ancara também enviou alimentos para o Qatar, que dependia das importações da Arábia Saudita.

FONTE: BBC

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