A-Darter

A-Darter

Armamento de 5ª geração desenvolvido em conjunto por Brasil e África do Sul vai equipar Gripen NG

Desenvolvido pelo Brasil em conjunto com a África do sul, o míssil A-Darter entra na fase de ensaios de certificação. De acordo com o gerente do projeto, Tenente-Coronel Anderson Moreira, esta é “praticamente a última fase” de desenvolvimento. Os testes devem ocorrer ainda neste ano no continente africano.

“Encerraram-se os ensaios de desenvolvimento e agora estamos nos preparando para comprovar para as autoridades certificadoras que o produto funciona de acordo com a especificação dos fabricantes e o atendimento aos requisitos dos clientes”, afirma o militar.

O projeto coordenado pela Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), no lado brasileiro, engloba o desenvolvimento do armamento de quinta geração que vai equipar aeronaves de combate, como o Gripen NG. O míssil é do tipo ar-ar, com guiamento infravermelho, de curto alcance (entre 8 e 12 km).

“É um projeto de ponta entre dois países que tiveram um alinhamento de interesses e conseguiram comprovar a capacidade de nações do hemisfério sul em fazer produtos de alta tecnologia na área de defesa”, avalia o gerente.

As características do míssil atendem aos desafios dos combates aéreos contra caças de última geração em ambientes hostis de contramedidas eletrônicas. Entre os diferenciais estão a capacidade de alto ângulo de visada e de manobra, a detecção de alvos além do alcance infravermelho, comunicação com a visualização integrado ao capacete, o chamado HMD – Helmet-Mounted Display, e contramedidas eletrônicas para evitar falsos alvos.

“O míssil tem capacidade de detectar e ignorar o flare [contramedida de defesa de aeronaves] e ir para o alvo correto”, explica o Tenente-Coronel Anderson.

Além de equipar a defesa aérea da FAB, o projeto capacita a indústria nacional, especialmente a base industrial de defesa, para desenvolvimento de sistemas bélicos de alta tecnologia. Avibras, Mectron e a Opto Defesa e Espaço, do grupo Akaer, foram beneficiárias do processo de transferência de tecnologia.

No Brasil, o projeto conta com o financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

FONTE: FAB

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