Comandante da Fuerza Aerea Boliviana diz que empresa não pagou por manutenção das outras duas aeronaves, que ainda não foram devolvidas à companhia

As duas aeronaves da LaMia que estavam em manutenção seguem sob os cuidados da Força Aérea Boliviana, que espera o pagamento do serviço por parte da companhia. Neste sábado, o comandante da FAB, Celier Aparicio, revelou que entrou com um processo para que a empresa pague o valor devido.

– Eles (LaMia) têm contas a saldar, não lembro do valor, por uma aeronave inspecionada. Em setembro pedimos à LaMia que retirasse seus aviões, mas fizeram caso omisso e, como consequência, iniciamos um processo para que nos paguem – disse Aparicio ao site “El Deber”.

O comandante da FAB confirmou que o avião Avro RJ85, que caiu em Medellín matando 71 pessoas, passou por inspeção e manutenção em 2014. Esta foi a última vez que a FAB cuidou do modelo.

– A primeira aeronave da LaMia, que caiu em Medellín, chegou em 2014. Realizou-se a inspeção requerida com os manuais aprovados e certificados da fabricante. Fizemos os trabalhos de maneira responsável, e a DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil) deu a permissão para operar.

Dos dois aviões sob os cuidados da FAB, apenas um foi inspecionado, justamente por causa da falta de pagamento da LaMia.

Presidente boliviano viajou com a LaMia

Outra polêmica na Bolívia diz respeito à ligação da LaMia com o governo. De acordo com a imprensa local, o diretor geral da empresa, Gustavo Vargas Gamboa, foi piloto presidencial entre 2001 e 2007. Vargas, aliás, é pai do diretor de registro aeronáutico da DGAC, Gustavo Vargas Villegas. A relação será investigada pelas autoridades bolivianas.

– Me chama poderosamente a atenção de que casualmente, entre aspas, seja o filho de Vargas (piloto) o responsável por entregar as licenças (de aviação) – disse Juan Ramón Quintana, ministro da Presidência da Bolívia.

Evo Morales, inclusive, já viajou com o avião da LaMia que caiu em Medellín. No dia 15 de novembro, o presidente embarcou em Rurrenabaque, com destino a Trinidad, junto a autoridades locais.

FONTE: Gazetaweb

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