MC-130J com winglets ativas nas pontas das asas

O Jane’s noticiou que o Tamarack Aerospace Group está oferecendo à Lockheed Martin, para equipar a frota de C-130 Hercules da Força Aérea dos EUA (USAF), seus winglets ativos ATLAS que, segundo a empresa, reduzem o consumo de combustível, ao mesmo tempo em que aumentam a vida útil da asa.

A empresa com sede em Idaho está buscando apresentar sua tecnologia à Lockheed Martin, na esperança de lançar um esforço colaborativo para ajudar a resolver os mandatos de redução de combustíveis exigidos pela USAF.

Segundo o porta-voz da empresa, Bill Mitchell, os winglets proporcionam uma melhoria de 10% na economia de combustível do C-130, aumentam a vida útil da asa, melhoram o desempenho em altas temperaturas e grandes altitudes, tem potencial para aumentar o peso bruto e peso máximo de viagem, velocidades de estol mais lentas e requisitos mais curtos de pouso e de decolagem.

O interesse de Aerospace Group Tamarack em uma potencial colaboração com a Lockheed Martin decorre da notícia do início do ano em que a USAF tinha começado ensaios com winglets em suas aeronaves de missão especial MC-130J Commando II. Engenheiros do 413th Flight Test Squadron modificaram um MC-130J com winglets em abril, como parte de um ensaio para averiguar eventuais ganhos de eficiência de combustível, de acordo com pesquisa e design contratado (CRAD) financiado pelo Air Force Research Laboratory (AFRL), em setembro 2014. Oito saídas de testes do MC-130J equipado com winglets foram realizadas a partir da Eglin Air Force Base, na Flórida, embora os resultados não tenham sido divulgados.

De acordo com Mitchell, os winglets desenvolvidos pela Tamarack Aerospace Group diferem daqueles desenvolvidos em outros lugares por reduzir também a carga da asa, e assim aumentar a vida útil da asa. “Temos patenteado um dispositivo de alívio de carga que aerodinamicamente desliga os winglets durante aqueles raros momentos em que as forças ‘g’ são altas. O sistema está constantemente monitorando e fazendo a previsão de rajadas e/ou manobras, e as ‘posições’ da Tamarack Active Camber Surface (TACS) necessárias para eliminar as cargas adicionais que uma winglet estática produz.”

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