Problemas com peças defeituosas imobilizam 15 caças F-35A
Outros 45 aviões na linha de montagem sofrem do mesmo problema. Culpa foi dada à fornecedor que produziu as peças
A Força Aérea dos EUA ordenou o “groudeamento” (proibição de voo) de 13 caças F-35A, bem como um par de F-35A da Noruega, após a descoberta de problemas relacionados com “desintegração e fragmentação ” do isolamento do tubo de refrigeração.
A questão parece estar relacionada com um fornecedor dos isolantes, que são instalados nas asas do jato. Durante a verificação de manutenção descobriu-se que o isolamento nos dutos estava se desfazendo em alguns casos, deixando resíduo no combustível, de acordo com um comunicado do governo da Noruega.
O problema foi rastreado até os tubos de refrigeração fabricados por um fornecedor particular, que só foram instalados nos tanques de combustível das asas de 15 aeronaves.
O problema foi descoberto pela primeira vez no verão deste ano durante um processo de manutenção nível parque de um F-35A sendo preparado para a IOC ( initial operational capability), disse o porta-voz da Lockheed Martin, Mike Rein.
Depois que as equipes de manutenção encontraram o mesmo problema em três aeronaves a Lockheed realizou testes subsequentes que “indicavam a possibilidade dos resíduos deste isolamento se alojarem no sifão de ligação entre os tanques de combustível das asas e tanques e da fuselagem”, disse o porta-voz da Força Aérea dos EUA Ann Stefanek”. Isso poderia resultar em pressões negativas excessivas nos tanques de combustível durante as operações aéreas ou em pressões positivas excessivas durante reabastecimento em voo ou no solo. Em ambos os casos isto poderia causar danos estruturais para os tanques de combustível do avião”.
A Lockheed trabalha com vários fornecedores que são responsáveis pela fabricação das linhas de refrigeração, mas Rein se recusou a revelar qual dos seus subcontratados tenha sido responsável pela parte em não-conformidade. A empresa pretende continuar a trabalhar com esse fornecedor em futuros lotes de F-35.
“Não houve nenhuma discussão sobre a mudança de fazer negócios com eles”, disse ele.
O impacto vai além das aeronaves em atividade uma vez que existem 42 F-35 atualmente na linha de produção que receberam partes do mesmo fornecedor. Entre elas estão três aeronaves para a Noruega, cuja entrega está prevista para o início do próximo ano. Não está claro se essas partes terão de ser substituídas ou se outros aviões encomendados por outras nações serão impactados.
O escritório do programa do F-35 (JPO) salientou que o problema foi causado por um defeito de fabricação em vez de um problema técnico que possa afetar o desempenho da aeronave.
FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês).