Informação sobre futura atualização com novo sistema de missão foi mencionada em nota da Saab sobre a cerimônia que oficializou, na feira aérea de Farnborough 2016, a introdução operacional do míssil Meteor nos caças Gripen da Força Aérea Sueca, primeiros no mundo a operarem essa arma

Nota da Saab divulgada nesta segunda-feira, 11 de julho, traz mais detalhes sobre o início da operação do míssil Meteor nos caças Gripen da Força Aérea Sueca, além dos que foram abordados pelo fabricante do míssil, o conglomerado europeu MBDA (clique aqui para ver matéria a respeito). Uma das informações adicionais é que não só os caças Gripen da Suécia estão voando com o novo padrão de sistema de missão MS20, compatível com o emprego do míssil, mas que o padrão deverá ser implementado em breve nos caças Gripen da Força Aérea da República Tcheca, que opera 14 exemplares da aeronave (doze do tipo C, monoposto, e dois do tipo D, biposto).

A nota da Saab foi acompanhada do vídeo abaixo, com o conteúdo da coletiva de imprensa realizada para apresentar essas informações.

Segundo a empresa, o MS20 incorpora novas capacidades ar-ar, ar-superfície e para missões de inteligência, vigilância, aquisição de alvos e reconhecimento (ISTAR), além de outras mudanças. Operadores do Gripen são livres para escolher sobre como, quando e o que implementar de novas capacidades em suas frotas. Com a atualização MS20, o Gripen se tornou o primeiro caça do mundo a utilizar operacionalmente o míssil Meteor, da MBDA, após uma extensa campanha de integração e certificação para aceitação em serviço.

A integração completa do Meteor é, segundo a Saab, um elemento chave na expansão de capacidades propiciada pelo MS20 para os caças Gripen em operação (versões C e D). O Meteor, de propulsão ramjet, é um míssil ar-ar guiado por radar de emprego tático, mas com efeitos estratégicos, conforme a nota da empresa. Isso se deve ao longo alcance (além de 100km) e uma “no escape zone” (zona de lançamento na qual se alega ser impossível um alvo escapar) que é divulgada como três vezes maior que qualquer outro míssil de emprego além do alcance visual.

O MS20 inclui melhorias na arena ar-solo, como a integração das bombas de pequeno diâmetro (SDB) GBU-39 da Boeing, de alta precisão e grande alcance, em lançadores quádruplos, que podem somar até 16 bombas do tipo num único Gripen. As capacidades ISTAR foram expandidas com um pod de reconhecimento modificado, com sensores no espectro infravermelho, apresentação de imagens em tempo real na cabine e aumento na capacidade de gravação de dados. O MS20 também inclui um sistema melhorado de data link (enlace de dados) padrão Link 16, com maior quantidade de troca de dados entre caças e sistemas de Comando e Controle (C2). A empresa afirma que esse aprimoramento proporciona melhorias na consciência situacional em apoio a novas capacidades ar-ar e ar-solo, o que inclui a realização de apoio aéreo aproximado de alta precisão em modo digital.

Outros itens trazidos pelo MS20 são um novo GCAS (ground collision and avoidance system – sistema para evitar colisão com o solo) para proteger a aeronave em situações de emprego em baixa altitude e um sistema CBRN,contra ameaças químicas, bactereológicas, radiológicas e nucleares no ambiente, que permite ao caça permanecer operacional e efetivo em caso de ataques desse tipo.

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Saab e Ministério da Defesa da República Tcheca

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