Jato Boeing 767 300ER alugado pela FAB chegou ao Brasil neste domingo
Boeing 767 300ER, que será usado nas Olimpíadas, pousa em solo brasileiro. Aeronave, que vai trazer nova capacidade de transporte aerologístico para a Força Aérea Brasileira, foi entregue hoje no Rio de Janeiro
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O trem de pouso do FAB 2900, o Boeing 767 300ER que foi alugado pela Força Aérea Brasileira, tocou o solo do Brasil, pela primeira vez, às 8h25min deste domingo (10/07). A aeronave chegou à Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ), e já está no hangar do Esquadrão Corsário (2º/2º GT), que vai operá-la. Ao chegar à cidade, o Boeing 767 foi interceptado por dois caças F5 do, 1º Grupo de Aviação de Caça.
O contrato de locação do avião tem duração de três anos, prorrogável por mais um. O documento foi assinado há um mês em Washington DC e anunciado pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, durante a comemoração do Dia da Aviação de Transporte. Segundo ele, a FAB estava com necessidade de uma aeronave que suprisse necessidades de transporte estratégico. Por isso, “alugar o Boeing 767 300ER foi uma opção extremamente viável e usada internacionalmente”.
O Comandante do Esquadrão Corsário, Tenente-Coronel Luiz Eduardo Ferreira da Silva, reuniu todo o seu efetivo para o recebimento da aeronave, que retomará o caráter operacional da unidade. “Estamos aptos novamente a realizar missões de ajuda humanitária, missões diplomáticas e de transporte aerologístico por todos os continentes do nosso planeta”. O Esquadrão Corsário, que ficou três anos sem voar, por conta da desativação do Boeing 707, em outubro de 2013, comemorou a chegada do cargueiro.
A solenidade de recebimento da aeronave contou com a presença do Comandante da Aeronáutica e do Comandante-Geral de Operações Aéreas, Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira.
Primeira tripulação – A bordo do 767, vieram cinco militares da FAB, que estavam desde 1º de julho na cidade de San Bernardino, na Califórnia. O grupo trabalhou junto à empresa Pulsar, terceirizada da Colt Aviation – ganhadora do processo licitatório, para agilizar o processo de recebimento da aeronave, que continua no Rio de Janeiro. “Acompanhamos a checagem dos motores, da fuselagem e dos equipamentos a bordo; também foram verificados todos os sistemas de segurança”, explica o Oficial de Operações do Esquadrão Corsário, Major Grei Santana Gonsalves, que fez parte da comitiva.
Novas capacidades – O novo Boeing vai retomar a capacidade de transporte aerologístico com grandes cargas e a longas distâncias. A aeronave pode transportar 257 pessoas, possui capacidade de carga de 38 toneladas, somando os dois porões, e volume de 115m3. Comparativamente, o 707 possuía cem lugares a menos e toda sua estrutura somava 100m3 de volume. Para realizar o trajeto entre Rio de Janeiro e Moscow, na Rússia, por exemplo, o Boeing 767 pode transportar até 23 toneladas de carga.
A partir de agora, a FAB poderá voltar a participar de missões que envolvam a necessidade de transporte de muitas pessoas, cargas pesadas e longas distâncias, como os treze voos entre Brasil e Turquia durante a Guerra do Líbano, em 2006, para repatriação de brasileiros. Ou, então, como a ajuda humanitária à Tailândia, após o tsunami de 2004.
FONTE / FOTOS: FAB (Agência Força Aérea, reportagem de Ten Raquel Sigaud)
NOTA DO EDITOR: o título original é a primeira frase do subtítulo. Para ver matérias já publicadas sobre o assunto, incluindo a desativação do KC-137 e o longo processo para aquisição (KC-X2) de aeronaves 767 equipadas para reabastecimento em voo, o que não é o caso do exemplar alugado e que chegou hoje ao Brasil, clique nos links abaixo.
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