Sistema de transplantes no Brasil sofre com falta de transporte aéreo
“Em três anos, entre 2013 e 2015, a FAB deixou de fornecer aviões para o transporte de 153 corações, fígados, pulmões, pâncreas, rins e ossos. Os órgãos saudáveis se perderam por conta dessas negativas e da falta de outras alternativas de transporte.
Os registros das recusas são feitos pela própria FAB e pela Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde, unidade responsável por fazer os pedidos de transporte e oferecer os órgãos às centrais de regulação nos estados. (….) Nos mesmos dias, a Aeronáutica atendeu a 716 requisições de transporte de ministros do Executivo e de presidentes do Supremo, do Senado e da Câmara. A média é de cinco autoridades transportadas nas asas da FAB para cada órgão desperdiçado.
Em 84 casos, ministros e parlamentares retornavam para casa ou deixavam suas casas rumo a Brasília. Quase 4 mil caronas foram dadas nesses voos.”
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COMPLEMENTO EM 08/07/2016
Temer assina decreto que determina à FAB transporte de órgãos para transplante. Medida estabelece que um avião da Força Aérea Brasileira ficará sempre disponível para esse tipo de operação
O presidente interino Michel Temer assinou, nesta segunda-feira (6), decreto que determina a disponibilidade de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para transplante em todo o território nacional. O anúncio foi feito pelo presidente em declaração à imprensa, no Palácio do Planalto.
Temer citou notícia veiculada na imprensa nos últimos dias que informava da indisponibilidade de aeronave para esse atendimento. “Para nossa tristeza cívica, nós verificamos que a notícia registrava que não havia avião da FAB para transportar aquele material. […] Portanto, não haverá mais, a partir de agora, essa deficiência”, garantiu.
Segundo Temer, a decisão leva em conta a ideia de que “saúde é vida”, portanto, o governo deve estar atento a isso. “Nós precisamos estar atentos a esse fato, que parece ou pode parecer de menor relevância, mas tem uma relevância extraordinária.”
FONTE: Portal Brasil