USP diz que estrondo foi por quebra na barreira do som causado por avião. FAB fazia voo teste com jato supersônico na região na ocasião.

O estrondo seguido de um tremor que assustou moradores de ao menos seis cidades da região na última terça-feira (17) é compatível com o ruído causado pela quebra da barreira do som por alguma aeronave em voo supersônico. A informação é do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta terça-feira (24) que havia um voo de teste na região no dia e horário do incidente.

Segundo moradores, por volta das 14h30 foi ouvido um ruído em Guaratinguetá semelhante a uma explosão seguido de um tremor. Na sequência, moradores de Roseira, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Lorena e Potim relataram o mesmo evento. Nas redes postagens sobre a origem do barulho geraram boatos sobre explosões na Escola de Especialistas da Aeronáutica e em uma pedreira em Aparecida. Ambas foram descartadas.

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, a estação mantida em Paraibuna registrou por volta das 14h48 um sinal compatível com quebra de barreira do som, resultado do voo de jatos supersônicos.

Por ser a única estação sismológica do Vale, o fato de o estrondo ter sido registrado em Paraibuna, não significa que ocorreu na cidade -a estação deve ter captado um reflexo dessa onda sonora propagada no ponto de impacto.

A reportagem do G1 apurou com a FAB que naquele dia, a partir das 13h30 um caça F-5 fazia sobrevoo pela região do Vale do Paraíba. A aeronave voa tanto em velocidades subsônicas quanto supersônicas.

Segundo o órgão, o caça havia passado por manutenção e fazia um voo de teste na região. Apesar da coincidência e do apontamento do Centro de Sismologia, a Força Aérea Brasileira não confirmou a relação entro estrondo e o voo teste.

FONTE: G1

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