Veículo aéreo autônomo é capaz de voar por 23 minutos a velocidade de 100 km/h

LAS VEGAS — Os drones estão por toda a parte nos pavilhões da Consumer Electronics Show (CES), mas uma empresa chinesa conseguiu se destacar. Nesta quarta-feira, a EHang apresentou o EHang 184, o que ela classifica como o primeiro veículo aéreo autônomo pessoal. A aeronave elétrica possui oito hélices e é capaz de carregar uma pessoa adulta. A autonomia de voo é de 23 minutos, com velocidade máxima de 100 quilômetros por hora, o suficiente para pequenas e médias distâncias.

— Tem sido um objetivo da minha vida tornar os voos mais rápidos, fáceis e convenientes. O 184 provê uma solução viável para muitos desafios que a indústria de transportes enfrenta, de forma segura e energeticamente eficiente — disse Huazhi Hu, diretor executivo da companhia. — Eu acredito que a EHang vai provocar um impacto global na indústria de viagem pessoal.

O EHang 184 mede cerca de 1,5 metro e pesa 200 quilos, com capacidade de carga de uma pessoa de até cem quilos. Assim como os drones, ele está pronto para voar, e o passageiro não precisa ter experiência em voos. Basta indicar o destino em um aplicativo no smartphone que a aeronave decola, percorre o percurso e pousa de forma autônoma. Segundo a companhia, a segurança do voo é garantida pelo comando central de voo da companhia, que opera em tempo real.

A fabricante promete segurança com a redundância dos sistemas. Se algum componente apresentar falha inesperada, como o choque com uma ave, por exemplo, a aeronave vai avaliar automaticamente os danos e tomar as medidas necessárias para garantir a segurança do passageiro. O EHang 184 é equipado com diversos sensores, que fornecem o rastreamento contínuo em tempo real dos voos. O centro de controle será capaz de abortar um voo dependendo das condições climáticas. Em caso de emergência, o passageiro pode apertar um botão para o drone pousar imediatamente.

Por meio desses sensores, a aeronave é capaz de navegar entre obstáculos e traçar a melhor e mais segura rota entre dois pontos. O pouso e a decolagem são verticais, o que elimina a necessidade de uma pista. Os braços de sustentação das hélices podem ser dobrados, o que facilita o armazenamento e o transporte do drone.

FONTE: O Globo / FOTOS: AP

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