Dez caças Rafale e Mirage da Força Aérea Francesa destroem alvos do EI na Síria

38

Segundo nota do Ministério da Defesa da França, alvos destruídos representam os principais pilares da estrutura de atentados terroristas do Estado Islâmico. Operação ocorreu dois dias após os ataques a Paris, reivindicados pelo EI, que ocasionaram mais de uma centena de mortos

– 
Em nota divulgada nesta segunda-feira, 16 de novembro, o Ministério da Defesa da França informou os resultados de um ataque realizado por 10 caças da Força Aérea Francesa a alvos do Estado Islâmico (EI) na região de Raqqah, na Síria.

Os ataques foram realizados na noite de 15 de novembro, às 19h50 e às 20h25, destruindo dois alvos de infraestrutura do EI, e envolveram 12 aeronaves, sendo 10 delas caças (6 do tipo Rafale, 2 Mirage 2000D e 2 Mirage 2000N).

Os aviões decolaram a partir de bases na região do Golfo Pérsico (segundo informes anteriores da imprensa francesa, os caças Rafale operam a partir dos Emirados Árabes Unidos) e da Jordânia (onde operam os jatos Mirage 2000) e se reuniram sobre a Síria para atacar dois objetivos identificados em missões de reconhecimentos anteriores.

Alvos são considerados pilares do Estado Islâmico – O primeiro alvo, a 6km ao sul de Raqqah, era um posto de comando, centro de recrutamento e depósito de armas, e foi atacado e destruído por uma patrulha de 2 jatos Mirage 2000D. Segundo a nota do ministério, esse objetivo era importante para o Estado Islâmico na organização de ataques à França. O alvo seguinte, a oeste de Raqqah, foi atacado e destruído por uma patrulha de 4 caças Rafale e 2 Mirage 2000D. Ainda segundo a nota, tratava-se de uma infraestrutura industrial utilizada como campo de treinamento de terrorista e de células de recrutamento.

Um aspecto enfatizado pela nota do ministério é que os dois alvos representam os dois principais pilares em que se apoiam os atentados do grupo que também é denominado como Daech: as capacidades de comando e de recrutamento.

Participação total do Rafale – Levando em conta que a Força Aérea Francesa divulga um número total de 12 caças (seis Rafale, três Mirage 2000D e três Mirage 2000N) desdobrados para a chamada Operação Chammal, que é a contribuição francesa à luta contra o EI, percebe-se que quase todos os caças disponíveis foram engajados no ataque da noite passada, com destaque para o Rafale, que participou com todos os seis exemplares desdobrados.

Ataques a campos de petróleo – Em nota divulgada em 12 de novembro, um dia antes dos atentados em Paris, o ministério informou o balanço dos ataques feitos ao longo da semana anterior, em especial onze ataques realizados na região de Sinjar e Ramadi, no Iraque, em apoio a unidades iraquianas no solo. A estes, se somaram 3 ataques a alvos na Síria, que tiveram como alvo campos de petróleo e instalações de distribuição e bombeamento, visando minar a capacidade financeira do Estado Islâmico. Até então, a Operação Chammal somava 285 ataques desde o início das missões, em 19 de setembro de 2014.

Atualmente, a Operação Chammal mobiliza cerca de 700 militares franceses na região, e além dos doze caças já mencionados incluem um avião de patrulha marítima Atlantique 2, empregado em missões de reconhecimento. No mar, a fragata antiaérea Cassard, da Marinha Francesa, faz parte da Força Tarefa aliada e, em terra, militares franceses atuam em Bagdá e Erbil na formação e aconselhamento de militares iraquianos.

FOTOS (divulgadas em vários boletins sobre a Operação Chammal, estando as mais recentes no alto): Ministério da Defesa da França

wpDiscuz