Para jornal suíço, contrato de 36 Gripen do Brasil é consolo da Saab após perder os 22 da Suíça
Volta e meia, o tema do contrato não conseguido pela Saab na Suíça para o caça Gripen ressurge na mídia local. A mais recente ocasião foi a repercussão na mídia suíça de língua francesa de uma queda de resultados pela empresa sueca, em que o jornal suíço 24heures (além de outros de língua francesa) aproveitou para relembrar o cancelamento do pedido que a Suíça faria de 22 caças, com a chamada “o Grupo Saab se consola com os Gripen do Brasil”. O sistema de financiamento dos caças Gripen na Suíça, escolhidos pelo governo do país numa seleção em que os jatos suecos concorreram com o Dassault Rafale e o Eurofighter Typhoon, foi rejeitado pela população suíça em referendo realizado em maio de 2014.
O jornal destacou que os ganhos da Saab no último trimestre caíram, mas que a encomenda de 36 caças Gripen pelo Brasil, finalmente formalizada com a assinatura de contrato de financiamento, representa uma encomenda recorde de exportação pela empresa. Apesar de dados ruins como a queda da margem operacional bruta (EBITDA – gross operating margin) para 7,4% em relação aos 9,3% de um ano antes, os pedidos em carteira passaram a equivaler a quatro anos de receita. O jornal também destacou que o contrato brasileiro dos 36 caças Gripen, após longa seleção em que concorreu com o francês Rafale e o americano Super Hornet, inclui 15 aeronaves a serem fabricadas no Brasil.
De forma geral, o contrato brasileiro é mostrado na imprensa de língua francesa da Suíça como um alívio para a empresa sueca, após ter perdido o contrato suíço de 22 caças.