Avião interceptado pela FAB já havia sido apreendido no Paraguai, diz PF
Aeronave foi apreendida em 2012, com remédios e produtos eletrônicos. Registro aponta que o dono é de Foz de Iguaçu, segundo a polícia
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À época, cinco pessoas foram presas – entre elas, um piloto brasileiro. A aeronave, de modelo Neiva EMB-721C, foi liberada em 2014, por uma promotora de Encarnación, de acordo com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.
A polícia ainda não sabe qual a ligação dos presos em 2012 com a atual atividade da aeronave, que está sob posse da Polícia Civil de Paranavaí, à espera de perícia.
O chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal em Maringá, delegado Alexander Boeing Noronha Dias, que deve viajar para Paranavaí na tarde desta terça-feira, afirma que ainda não tem informações sobre as circunstâncias em que a aeronave foi interceptada e o que ela carregava. Por isso, segundo ele, não há inquérito aberto, por ora.
“A documentação ainda não chegou para gente, mas temos interesse claro para investigar qual a atividade desta aeronave na região, já que ela já foi apreendida por contrabando e não é comum encontrar isso por aqui. Ainda precisamos verificar a questão da propriedade e do que era transportado. Por enquanto, ainda não temos respostas”, afirma Dias.
O avião tem registro em nome de um brasileiro, de Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai e a Argentina. Por não haver inquérito aberto, porém, não há nenhuma investigação com relação a ele, conforme a polícia.
O delegado da PF lembra que uma aeronave de origem paraguaia já havia sido encontrada em Amaporã, também no noroeste paranaense, em março deste ano. Uma asa deste avião, especificamente, estava no mesmo barracão do aeroporto municipal de Paranavaí em que o Neiva EMB-721C foi achado.
“Tudo indica que o aeroporto de Paranavaí está sendo usado como ponto para o contrabando nacional e até internacional. É isso que queremos investigar. Queremos averiguar o que é transportado por aqui e de que forma. No entanto, ainda preciso ir para Paranavaí e verificar tanto o avião quanto a documentação. Sem a perícia, ainda não podemos fazer nada”, comenta Dias.
FONTE: G1