F-35 não é para ‘dogfight’, o F-22 sim, segundo comandante do Air Combat Command

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O caça norte-americano F-35 Lightning II vai se sobressair na interdição aérea, mas não foi criado para envolver-se em combates aéreos (dogfight) no alcance visual (WVR), declarou o brigadeiro Hawk Carlisle, comandante do Air Combat Command.

Os comentários do oficial general foram feitos durante a conferência anual da “Air Force Association” e veio em resposta a uma série de notícias que criticaram a incapacidade do F-35 em vencer combates aéreos contra aeronaves atuais de quarta geração.

“Eu sei que houve muito murmurinho na imprensa sobre o F-16 contra o F-35”, disse Carlisle fazendo referência a um documento interno da Lockheed Martin que vazou no início deste ano. O memorando, escrito por um piloto de testes, informava que o F-35 parecia estar em grande desvantagem quando em combate do tipo ‘dogfight’ contra um F-16.

“O avião não foi projetado para isso”, disse Carlisle. “Ele foi projetado para uma incrível capacidade multimissão com o seu conjunto de sensores e a integração [consciência situacional] que fornece ao piloto, o sua capacidade de guerra eletrônica, coisas que tornam este o avião que ele é”.

Desconsiderando o combate à curta distância, o brigadeiro acredita que o F-35 será capaz de derrubar qualquer outra coisa no céu.

“Deixando de lado o dogfight, ele vai fazer tudo muito bem”, disse ele. “As suas capacidades para detectar adversários quando eles nem sequer saberiam da sua existência, sua capacidade de armas … ele vai ser um grande avião”.

Combates visuais serão travados por caças F-22, disse Carlisle que lamentou a decisão de parar a produção da aeronave.

“Não temos F-22 suficientes”, disse ele. “Se você olhar para a forma como estamos usando ele nos combates atuais, se você olhar para o que faríamos em combates futuros, não temos F-22 suficientes. Mas temos o que temos, e eles estão fazendo um trabalho incrível, e o que os pilotos que voam essas coisas estão fazendo é fenomenal”.

“Você vai precisar dos Raptors para derrubar caças muito manobráveis e assim permitir que o resto da força – que incluirá o F-35 – penetre no espaço aéreo negado “, disse ele. “Você ainda vai ter que fazer isso, e nós vamos fazê-lo com os 180 ou mais F-22 que temos … mas vai ser uma combinação de caças F-22 e F-35.”

FONTE: Air Force Times (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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