Uma aeronave xavante AT-26 que serviu à Força Aérea Brasileira foi doada para a Prefeitura de Maringá pelo Comando da Aeronáutica e ficará exposta permanentemente na rotatória localizada entre as avenidas São Paulo e senador Petrônio Portela, no Jardim Aclimação.

A aeronave é um modelo de caça leve da década de 1970 e foi doada com o principal objetivo de valorização histórica, uma vez que trata-se de um patrimônio nacional. Em 2012 a prefeitura encaminhou um ofício para o Comando da Aeronáutica solicitando a doação, uma vez que na região do Estado não há nenhuma instalação de aeronave histórica para visitação. “O município se enquadrou na legislação que permite a doação, atendendo todos os requisitos necessários para manter o modelo na cidade.

A partir de então Maringá assume a responsabilidade sobre o monumento histórico de preservar, manter e cuidar do equipamento”, destacou o vice-prefeito Cláudio Ferdinandi, que assinou o pedido de doação à época, quando estava em exercício como prefeito.

O modelo foi o primeiro avião a jato produzido no Brasil e a denominação AT-26 indica a dupla função de ataque e treinamento. A aeronave, que estava no Parque da Aeronáutica de Recife (PE), chegou ao município e começou a ser montada na última sexta-feira (14). Três técnicos da Aeronáutica são responsáveis pela montagem. Uma estrutura será construída no local para manter o avião em um pedestal de 4 metros de altura. A iluminação específica será também instalada e foi solicitada implantação de uma câmera de segurança para monitoramento e evitar que o avião seja alvo de vandalismo.

Todo o processo de solicitação e estudo de aptidão do município para receber a aeronave foi acompanhada e orientada pelo professor e coordenador do curso de pilotagem do Centro Universitário de Maringá (Unicesumar), César Roberto de Melo.

“O Brasil é um País soberano graças à defesa do espaço aéreo. Essa aeronave tem um passado histórico. Não construímos o futuro de uma nação sem conhecer o nosso passado”, comentou. Melo fez uma solicitação do diário de bordo da aeronave, com informações sobre a quantidade de horas de voo, velocidade e onde serviu para divulgação à comunidade e acervo histórico.

O avião fazia guarda das fronteiras e espaço aéreo brasileiro foi desativado pela aeronáutica por estar com a tecnologia obsoleta. “O objetivo de montar a aeronave em Maringá é um reconhecimento dos maringaenses pelos serviços prestados pela FAB em prol da paz no Brasil”, destacou. Chamando a atenção de quem passa pelo local, o professor acredita que este será mais um ponto de visitação do público na cidade.

Alunos de pilotagem Para César Roberto de Melo, a aeronave tem um impacto fundamental no incentivo aos alunos do curso de pilotagem. “Para eles é uma marca e também um modelo. Por mais que eles estejam ingressando na aviação civil, é um protótipo para que eles busquem aquilo para a vida deles. A reação foi: se esse avião tem toda essa história, eu também quero escrever a minha história”, pontuou.

FONTE: TNonline

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