O fim de uma era: Argentina se despede do Mirage III
Na semana passada, a Força Aérea Argentina (FAA) despediu-se formalmente dos caças Mirage III que ainda equipavam a força. Em três meses eles serão desativados após quarenta anos de serviços. A FAA aproveitou as festividades do 103º aniversário (10 de agosto, mas comemorado no dia 13) para se despedir dos caças.
Apesar de ter estendido o tempo de vida de parte das células, os seguidos problemas com os aviônicos obsoletos só permitem que o avião voe durante o dia com pilotos mantendo contato visual.
Uma vez que a atual administração da presidente Cristina Kirchner deixará o cargo no próximo 10 de dezembro, as propostas de aquisição de substitutos permanecem sobre a mesa depois de várias tentativas com aviões de combate da Espanha, Israel, França, Brasil, e, finalmente, a China, que parece ser o fornecedor com melhor chances, com base em preços e condições de crédito.
“Dizer adeus aos Mirage é nostálgico, porque é uma aeronave emblemática com um desempenho glorioso. Com mais de 40 anos na Força Aérea Argentina, mais de 130.000 de horas de voo ele desempenhou um papel de liderança na guerra, nosso querido Mirage tem alma e vida”, acrescentou o comandante da Força Aérea.
“A decisão política de comprar substitutos para o Mirages é um fato, o problema é quando, e quais as aeronaves para escolher”, de acordo com fontes políticas mencionadas na mídia Buenos Aires. Mas todos especulam que o principal obstáculo continua a ser a falta de fundos suficientes.
No entanto, durante os anos da atual administração houve alguns avanços entre as quais a incorporação do avião de treinamento Grob TP120 e helicópteros russos MI17, que são muito necessários para as operações da Antárctica.
A Argentina espera receber cinco Hercules C-130 usados dos EUA via FMS numa operação que envolve 70 milhões de dólares, de acordo com o brigadeiroCallejos. A primeira aeronave de carga deve chegar em Outubro e também irá ajudar na renovação das outras unidades na Fábrica dos aviões da Argentina em Córdoba.
FONTE/FOTOS: MercoPress (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
COLABOROU: C. Donitz