Ingleses rebatem indianos sobre a suposta derrota dos Typhoon para os Sukhois por 12 x 0
Os “Top Guns” da Índia alegaram que humilharam a nata da RAF durante um exercício de duas semanas que ofereceu aos pilotos britânicos uma rara oportunidade de voar contra alguns dos mais recentes caças russos concebidos.
Na Operação Indradhanush a Força Aérea Indiana (IAF) trouxe quatro caças de sua frota de aeronaves SU-30MKI Flanker de concepção russa à RAF Coningsby em Lincolnshire, para enfrentar o caça Typhoon FGR4 da RAF.
O exercício foi apreciado pelos pilotos britânicos como uma oportunidade de treinar ao lado de aeronaves de concepção russa, em meio a crescentes tensões no Mar Báltico – onde a RAF desdobrou caças após o início do conflito na Ucrânia – e interceptações mais freqüentes de bombardeiros russos ao largo da costa britânica.
No entanto, para o desespero de oficiais da RAF, os seus homólogos indianos deram um passo incomum de reivindicar publicamente ter chegado a uma retumbante vitória de 12 – 0 contra os seus adversários no Reino Unido.
Em entrevista à televisão indiana, o Capitão do Grupo da IAF Ashu Srivastav reivindicou a vitória sobre a aeronave britânica durante combates a curta distância – o que levou uma fonte da RAF a rotular sua reivindicação como “cômica”.
O Capitão Srivastav disse que o desempenho de seus pilotos foi “excepcional”, enquanto outros relatos da mídia indiana disse que as aeronaves da IAF foram capazes de derrotar o avião mais avançado da RAF não só no combate 1 x 1, mas também em situações em que um piloto da IAF foi confrontado com dois Tufões (2 x 1).
Respondendo às reivindicações indianas, a fonte da RAF disse que foram claramente concebidas para o “público interno”. Ele disse ao “The Independent”: “Deve ter havido alguma lembrança nublada sobre os voos na volta para a Índia, pois as manchetes da imprensa indiana não têm qualquer relação com os resultados dos cenários táticos cumpridos no exercício.”
“Os Typhoon lutaram com um braço atrás das costas”
A fonte da RAF também ressaltou que os Typhoons efetivamente lutaram “com um braço atrás das costas”, pois eles não fizeram pleno uso dos seus sistemas de armas mais avançados.
Tony Osborne, o chefe da sucursal da “Aviation Week” de Londres, também sugeriu cautela ao lidar com as reivindicações indianas. “Estas pontuações de estilo críquete reivindicados pela IAF parecem impressionante, mas devem ser tratadas com cautela e certamente não como um indicador realista de capacidade de combate”, disse.
“Temos de ver essas pontuações através da névoa de bravata do piloto, do orgulho nacional e também do politicamente correto. No entanto, o Su-30MKI é um dos aviões para o qual o Typhoon foi projetado para atacar e derrotar, e, sem dúvida, nas mãos certas apresentaria um desafio potente. Hoje [embora] o objetivo seria engajar aviões como o Su-30MKI à longa distância antes que os dois pudessem se reunir em um duelo a curta distância (dogfight).”
Mesmo o piloto indiano admitiu que os Su-30s eram “menos bem sucedidos” nos exercícios de combate de longo distância.
Especialistas em aviação também relembraram o exercício realizado em 2011, quando caças da RAF dizimaram as fileiras dos pilotos vsitantes da IAF, o que levou o então Marechal do Ar da RAF, Stephen Dalton, a comentar: “Bem, eles perderam”.
Um porta-voz da RAF disse sobre os exercícios deste verão: “Nossa análise não coincide com o que foi relatado, pilotos da RAF e o Typhoon tiveram um bom desempenho durante todo o exercício com e contra a Força Aérea Indiana. Ambas as [forças] aprenderam muito com o exercício e a RAF está ansiosa para a próxima oportunidade de treinar ao lado da IAF”.
A RAF tem sete esquadrões de Typhoon na linha de frente, mas tem sido relatado recentemente que a frota de jatos velozes da RAF, que está prevista para encolher ao seu menor tamanho na história até o final da década, está esticada até ao limite durante a realização de operações no Oriente Médio e do Báltico.
Esta semana, funcionários do Ministério da Defesa prorrogaram a desativação dos velhos jatos Tornado de ataque por causa da escassez de aviões necessários para bombardear alvos do Isis.
FONTE: www.independent.co.uk / Tradução e adaptação: Poder Aéreo