Suécia lança RFI para sistema de treinamento que substituirá seus velhos jatos SK 60

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Pedido de informações menciona uma aeronave para treinamento básico e outra para avançado, porém, solução também poderá ser por um único avião

Segundo reportagem publicada no site Flightglobal nesta quarta-feira, 20 de maio, a Suécia iniciou o processo que visa substituir sua frota de jatos treinadores SK 60 (Saab 105) por um novo sistema de treinamento de voo militar, sob a sigla MFTS (Military Flying Training System), a ser introduzido no final desta década e que deverá permanecer em uso pelo menos até 2040.

No final de abril, a FMV (administração nacional de defesa) do país expediu um pedido de informações (RFI) para fornecedores mundiais, em que destacou o desejo de que tenha baixo risco aceitável de desenvolvimento, e maior ênfase na relação efetividade/custo frente aos gastos com aquisição e apoio, podendo o apoio logístico ser terceirizado.

A frota atual de cerca de 50 jatos SK 60 voa aproximadamente 5.500 horas por ano, e o futuro MFTS deverá prover até 8.000 horas de voo por ano (e número equivalente de surtidas de instrução), além de 3.000 horas em simuladores completos de missão, devendo-se considerar um potencial de crescimento entre 10% e 30% nesses valores para o futuro.

Dois aviões ou um avião, eis a questão – Segundo a reportagem do Flightglobal, a FMV sueca afirmou que “não favorece uma solução com duas aeronaves antes de uma solução com uma aeronave.” O fato é que expediu características desejadas para um treinador básico e um avançado. O básico deverá ter capacidade de operar acima de 20.000 pés e de manter 230 nós (425km/h) em voo nivelado a 15.000 pés. Já o treinador avançado, capaz de cumprir as chamadas fases de “lead in fighter trainer” (LIFT) para candidatos a pilotos de caça, deverá ter desempenho de Mach 0.65, teto operacional superior a 25.000 pés e velocidade de 300 nós (555 km/h) a 1.000 pés.

Ainda sobre o modelo de treinamento avançado, espera-se que tenha telas táticas inspiradas e representativas de caças de quarta e quinta gerações, nos dois postos de pilotagem, além de capacidade integrada de treinamento que inclua simulação de radar e de uso de armas.

Prazos – as respostas ao RFI deverão ser submetidas até 1º de julho deste ano, incluindo detalhamento sobre o número sugerido de aeronaves para cumprir os requisitos e estimativas de custos de aquisição e do ciclo de vida para o sistema como um todo.

O planejamento é que o contrato seja concedido entre o final de 2016 e início de 2017, e que a capacidade de operação inicial seja atingida em 2018 ou 2019 para os pilotos de instrução. Já a capacidade completa de operação (ou seja, instrução completa aos alunos), deverá se seguir no início de 2020, pelos requisitos suecos.

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Forças Armadas da Suécia

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