Ministro diz que dívida do governo com a Embraer é de R$ 500 milhões

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KC-390 no primeiro voo

Ministro da Defesa esteve nesta terça (28) em no DCTA em S. José. Jacques Wagner comentou ainda sobre os cortes nos gastos e Avibras.

Nicole Melhado
Do G1 Vale do Paraíba e Região

Em visita nesta terça-feira (28) ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, o ministro da Defesa, Jacques Wagner, falou da dívida do governo com a Embraer, que chega a R$ 500 milhões, e sobre os cortes no orçamento do setor e da situação da Avibras, fabricante de material bélico instalada no Vale do Paraíba.

Segundo ele, apesar dos cortes orçamentários anunciados pelo governo em março, os projetos no setor não devem ser afetados. “Os projetos que são estratégicos para o Brasil podem até diminuir a velocidade, mas não podemos permitir a descontinuidade. Nós estamos brigando com o Planejamento e a Fazenda”, afirmou durante a entrevista coletiva.

Sobre a dívida do governo com a Embraer, no desenvolvimento do cargueiro KC-390, ele disse que o débito é de R$ 500 milhões. Segundo o ministro, já foram repassados para a Embraer aproximadamente R$ 140 milhões e a dívida ainda é de R$ 500 milhões. “Estamos em um ano de restrição, mas [o KC-390] está em nossa prioridade de orçamento”, afirmou o ministro.

Em outro projeto, a fabricante brasileira de aviões é responsável por montar os caças que o governo comprou da sueca Saab.
A Embraer informou apenas que a dívida do governo com a empresa não causa atrasos no projeto KC-390.

Avibras
Sobre a Avibras, que enfrentou uma crise no começo deste ano com salários atrasados e paralisação da produção, o ministro comentou que a empresa está na agenda da pasta.

Em março, o presidente da empresa, Sami Hassuani, informou que havia pedido empréstimos emergenciais para equilibrar as finanças. “A Avibras está em nossa agenda e seguramente vamos encontrar uma saída compartilhada com ela, para que possa ter vida longa”, afirmou Jacques Wagner.

Hassuani disse nesta terça que, embora a empresa ainda precise dos empréstimos, os problemas financeiros estão superados neste momento. “Conseguimos um bom contrato de exportação ainda em março e quitamos todas nossas dívidas com funcionários e fornecedores. Nossos trâmites para obter empréstimos estão seguindo normalmente e podemos aguardar a liberação. Não há mais risco aos empregos”, afirmou ao G1.

Sobre o contrato com um país do Oriente Médio, o presidente da Avibras informou que os valores são mantidos sob sigilo.

FONTE: G1

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