Jaguares sobre Brasília - Reprodução de pintura de Bryan Withams - 1979

Ontem fui visitar a casa de um amigo plastimodelista para fotografar seus modelos de aeronaves, que serão alvo de futura matéria aqui no Poder Aéreo. Além dos excelentes modelos, meu amigo também tem uma valiosa coleção de kits antigos ainda por montar. Um desses kits é o Mirage IIIEBR da Revell, escala 1:32, que foi o primeiro kit que ganhei em meados dos anos 1970, de um tio já falecido. Muitos leitores aqui do blog com certeza também tiveram esse modelo.

Poder ver a caixa desse kit novamente ainda desmontado me fez voltar àquele tempo, em que ainda muito jovem era possível orgulhar-se do Brasil de possuir um dos mais modernos aviões de combate da época e sonhar com um futuro brilhante de ser piloto ou militar, ter esperança.

Hoje, diferentemente daqueles tempos, não temos mais os Mirage e o 1° Grupo de Defesa Aérea (antes 1ª ALADA) opera caças F-5 de 40 anos de idade, emprestados de outros esquadrões.

A crise moral e econômica que atinge o País está comprometendo vários programas da área de Defesa Nacional e muitos empregos de alta qualificação correm o risco de serem perdidos. Muitos jovens estão deixando as Forças Armadas ou nem cogitam mais a carreira militar por causa dos baixos soldos e equipamentos obsoletos.

A Aviação Militar é um dos símbolos da pujança de uma Nação e a manutenção de um Poder Aéreo crível dá prestígio ao País no cenário internacional.

Não podemos tolerar mais o sucateamento da Aviação de Caça brasileira.

No Dia da Aviação de Caça, fazemos um pedido às autoridades que têm o poder de decisão no Brasil: devolvam a esperança aos jovens brasileiros e a capacidade de sonhar e de se orgulhar do País.

Que nossos jovens possam voltar a montar os kits de novos caças da FAB e sonhar com o futuro!

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