Saab destaca ‘tecnologia customizada’ para o Gripen brasileiro
Dois dos elementos destacados em nota da empresa são a integração de sistemas de armas do Brasil e a adaptação ao clima brasileiro, requerendo novas soluções técnicas que podem ser usadas pela Saab em outros mercados
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Nesta segunda-feira, 13 de abril, a Saab divulgou nota em seu site abordando algumas das adições ao caça Gripen requeridas pelas especificações brasileiras, em especial a adaptação ao clima e a integração de sistemas de armas, ambos requerendo novas soluções técnicas.
Segundo a nota da empresa, o Brasil escolheu o avião a partir de uma oferta submetida pela Saab em 2009, quando não havia ainda definição das capacidades que o Gripen NG deveria ter (nota do editor – o texto original não é claro nesse trecho se está se referindo à nova geração do Gripen de forma geral ou especificamente às capacidades que o NG deveria ter para o Brasil). Desde então, ainda segundo a Saab, foi iniciado o desenvolvimento e os dois lados tiveram que redefinir o que deveria ser entregue, baseados no novo conhecimento. A empresa também relembrou a combinação de vantagens que em dezembro de 2013 o então ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, enfatizou no momento do anúncio da proposta do Saab Gripen NG como vencedora do programa F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB): o melhor equilíbrio entre alto desempenho operacional, custos favoráveis de aquisição e manutenção, e a oferta de transferência de tecnologia e parceria industrial da Saab.
Sobre as adaptações às necessidades brasileiras, a gerente de produto da Saab para o “Gripen Brazil”, Anna Sverker, afirmou na nota: “O alvo tem sido chegar com soluções que são similares, o tanto quanto possível, às de nosso cliente sueco, mas com diversas adições específicas que serão feitas para o Brasil.” Essas incluem a substituição do sistema de rádio para atender aos requerimentos brasileiros e também a customização para levar os sistemas de armas próprios do Brasil.
A Saab informou que o pacote completo de adaptações para o Brasil permitirá desenvolvimentos que a empresa poderá usar em outros mercados. Por exemplo: devido à grande diferença de clima entre Brasil e Suécia, há uma diferença na forma padrão de voo, requerendo assim uma adaptação para maior pressão na cabine. Sverker esclareceu que “o avião precisa ser capaz de voar a um nível superior sem que os pilotos sejam expostos à hipoxia”.
Nessa nota, curiosamente, a empresa não fez referências à tela única de tamanho grande e sensível ao toque denominada WAD (Wide Area Display) e que é destacada pela imprensa, tanto a geral quanto a especializada em defesa e aviação, como a principal mudança solicitada pelo Brasil para os 36 exemplares do Gripen NG que deverá adquirir, já que o modelo sueco deverá manter o padrão de três telas menores, separadas.
IMAGENS (em caráter meramente ilustrativo): Saab