Gripen: andamento do programa na Suécia, no Brasil, e o interesse internacional

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Em seminário realizado na semana passada, a Saab informou que cerca de 100 engenheiros brasileiros deverão estar na Suécia até o final deste ano, em atividades de treinamento e desenvolvimento

Reportagem publicada pelo site Flightglobal repercutiu informações divulgadas pela Saab em seu seminário anual sobre o Gripen realizado em 12 de março, assim como o Poder Aéreo já havia repercutido no mesmo dia (veja links ao final). Os pontos destacados pelo Flightglobal, dentre os apresentados pelos executivos da empresa, foram tanto as imagens da primeira união de seções de fuselagem do protótipo / avião de testes 39-8, nas instalações de Linköping (que também mostramos aqui) quanto, em especial, as perspectivas de mercado pelo Gripen E/NG.

Assim como a construção do primeiro protótipo estaria “bem encaminhada” nas palavras dos executivos da empresa, haveria um “interesse sem precedentes” do mercado pelo produto.

O protótipo 39-8 deverá ser apresentado em 2016, apoiando um programa que visa a entrega em 2019 do primeiro de 60 caças Gripen E encomendados pela Força Aérea Sueca. Atualmente, os voos de desenvolvimento são realizados pelo demonstrador de dois lugares, que até o momento acumulou 281 horas em 315 voos. Para o meio do ano, o chefe da área de negócios aeronáuticos da Saab, Ulf Nilsson, espera que os elementos finais do acordo de venda de 36 aeronaves ao Brasil sejam acertados: “Isso está progredindo bem, de acordo com o plano, no que se refere à aprovação da solução de financiamento e as licenças de exportação”, disse o executivo.

 

Também foi destacado que cerca de 100 engenheiros brasileiros deverão chegar a Linköping até o final deste ano, para participar de treinamentos e atividades de desenvolvimento da célula do avião, o que inclui as atividades relacionadas à versão de dois lugares. Isso faz parte do chamado “on the job training” (literalmente treinar trabalhando), nas palavras de Jerker Ahlqvist, que chefia a área de negócios do Gripen na Saab, durante o seminário.

Um outro ponto destacado pela reportagem do Flightglobal, especificamente, foi a visão progressiva do envolvimento brasileiro no programa, entre 10 e 15 dos 36 aviões da encomenda brasileira deverão ter a montagem final na Embraer, do Brasil. Jerker Ahlqvist, que chefia a área de negócios do Gripen na Saab, disse que a Embraer terá “capacidade plena de produzir Gripens no futuro, e de criar uma capacidade de caças no Brasil”, completando que a Saab já sentiu o “efeito do Brasil”, no que se refere à encomenda brasileira, com diversas nações vizinhas “mostrando interesse” na aeronave.

IMAGENS: Saab

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