95, 102 e 116 milhões de dólares: aproveite que os preços do F-35 estão despencando…
…afinal, sem motor a tendência de um avião é cair mesmo!
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Brincadeiras à parte com o fato do valor dos motores do F-35 ser calculado à parte, o importante a ressaltar é que os graduais ganhos de escala do caça, além dos diversos esforços da Lockheed Martin, têm contribuído para os preços unitários do F-35 caírem cerca de 3,5% em novo contrato de produção, segundo artigo publicado no site Breaking Defense.
O site divulgou valores de 95 milhões de dólares para a versão A (de decolagem e pouso convencionais), 102 milhões para a B (de decolagem curta e pouso vertical) e 116 milhões para a C (para emprego em navios-aeródromos dotados de catapulta e aparelho de parada), que não incluem os preços dos motores F135 pois estes são adquiridos em contrato separado com o fabricante Pratt & Whitney.
Os valores são cálculos do Breaking Defense a partir de informações do anúncio, em 21 de novembro, do oitavo contrato de produção inicial em baixa escala (LRIP-8), cujo valor divulgado chega a 4,7 bilhões de dólares, e que foi assinado entre a Lockheed Martin e o Governo dos EUA. No contrato, pouco mais de 4,1 bilhões se referem a 43 aeronaves e 500 milhões a encomendas adiantadas de equipamentos (advance procurement).
Dos 43 exemplares, 29 são para os Estados Unidos (dezenove do modelo A, seis do B e quatro do C) e 14 para cinco outros países (Israel, Noruega e Itália com dois cada e quatro para o Japão, todos do modelo A, além de quatro da versão B para o Reino Unido). Quando essas entregas forem completadas, cerca de 200 aeronaves F-35 estarão voando nas cores de oito países.
Se em relação ao contrato LRIP-7 de 2013 a queda de 3,5% é significativa, esses valores comparados ao LRIP 1 representam uma queda de 57%, conforme dados do escritório que gerencia o programa conjunto. A expectativa é que, por volta de 2019, a versão A (da Força Aérea) custe 75 milhões de dólares, fora o motor, em valores atuais (85 milhões considerando a inflação futura), o que é considerado menos do que qualquer caça de quarta geração no mundo, segundo a gerência do programa.
Pelo novo contrato, a Lockheed Martin cobre 100% de qualquer aumento de custo e ambas as partes dividem ganhos de custo (20% para o governo e 80% para a empresa). No caso de problemas com o desenvolvimento e demonstração do sistema, a divisão é de 50-50. A empesa também recebe mais em caso de atingir certos critérios de desempenho.
FONTE: Breaking Defense (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: Lockheed Martin e USAF (em caráter meramente ilustrativo)
COLABOROU: Zampol
NOTA DO EDITOR 1: vale lembrar que se trata de preços chamados “fly away” (ou melhor, “roll away”, pois são valores sem motor…), não incluindo diversos itens que no caso de vendas ao exterior (lembrando que quando comprados pelo próprio país já se trata de uma questão diferente) são considerados praticamente indissociáveis: pacotes de apoio logístico, treinamento, simuladores, equipamentos de manutenção, documentação entre outros. São itens que somados aos preços “fly away” elevam bastante o valor total dos contratos, mesmo quando se configuram como as chamadas compras “de prateleira”, praticamente sem grandes customizações ou compensações (além de acordos de participação industrial e transferência de tecnologia, conforme o caso). Para alguns exemplos de valores divulgados de contratos com países não parceiros do programa F-35, como Japão e Coreia do Sul, veja matérias nos links a seguir.
NOTA DO EDITOR 2: a título de curiosidade, no ano passado uma reportagem do site Aviation Week informou valores unitários de 16 milhões de dólares para o motor que equipa os caças F-35 A e C, e de 38 milhões para o bem mais complexo modelo que equipa a versão B, de decolagem curta e pouso vertical. Esses preços se referiam ao lote 3 de produção inicial em baixa cadência (LRIP-3), havendo meta de redução de custos de 10% para o lote seguinte (metas e valores unitários para lotes subsequentes não podiam ser revelados à época).
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