F-22 e F-35 em missão integrada de treinamento - foto USAF

Objetivo da USAF foi aprimorar o emprego integrado dos dois caças de quinta geração, complementando-se em missões ofensivas e defensivas

Em nota divulgada na segunda-feira, 17 de novembro, a Força Aérea dos EUA (USAF) informou que foi realizada a primeira missão integrada de treinamento com caças F-35 e F-22. Os voos ocorreram neste mês, a partir do desdobramento de quatro caças F-22 do 149º Esquadrão da Base Aérea de Langley para operarem junto aos F-35 da 33ª Ala da Base Aérea de Eglin.

O objetivo do treinamento foi aprimorar o emprego integrado dos dois caças de quinta geração, em seus aspectos táticos e em suas características específicas, permitindo obter familiarização operacional e lições para aprimorar futuros exercícios, para as duas unidades. Foram voadas missões ofensivas, defensivas e de interdição, em voos conjuntos, explorando formas de maximizar as capacidades de quinta geração das aeronaves. 

Segundo o comandante do 58º Esquadrão (equipado com o F-35), tenente-coronel Matt Renbarger, “quando o F-22 e o F-35 se unem, isso potencializa a força das duas aeronaves. O F-22 foi construído para ser um caça de superioridade aérea, e o F-35 foi feito para ser um caça de ataque. Ambos se complementam, e estamos tentando aprender como partir dessa perspectiva de projeto e levar isso para a arena tática, para ser a equipe mais efetiva de combate que podemos, trabalhando junto com o F-22.”

O major Steve Frodsham, piloto do 149º Esquadrão, disse: “As missões começaram com ataques básicos ar-ar e ar-superfície. Conforme o treinamento progrediu, as missões passaram a ser mais avançadas, com escolta e defesa aérea integrada com caças de quinta geração.”

Recentemente, e pela primeira vez, a USAF empregou caças de quinta geração em missões reais de combate, quando caças F-22 debutaram em ataques aéreos contra o autoproclamado Estado Islâmico (EI), na Síria. Segundo a USAF, a missão demonstrou o impacto decisivo de capacidades de quinta geração em cenários reais, destacando-se a capacidade superior de consciência situacional por meio de fusão de dados dos sensores e transmissão aos demais aviões do pacote de ataque, tornando todas as aeronaves desse pacote mais letais e com maior capacidade de sobrevivência.  

Ainda segundo o tenente-coronel Renbarger, “furtividade e fusão são duas coisas que caças de quinta geração levam para o combate. Os sensores trazem a mim uma imagem fundida da zona de combate, apresentada em meu painel, juntamente com a furtividade que permite que eu prossiga para dentro dessa zona sem ser detectado, com alta consciência situacional para fazer o que é preciso para combater.”

Enquanto o F-22 iniciou os esforços da USAF para integração de caças de quarta e quinta geração, conforme o programa do F-35 se aproxima de sua capacidade de operação inicial (IOC), pode ser integrado tanto a sistemas de quarta quanto de quinta geração, como sua contraparte, o F-22. Para o major Frodsham, “os esquadrões de F-22 e F-35 se integraram muito bem. As lições aprendidas e as táticas desenvolvidas nessa oportunidade de treinamento ajudarão a formar a base para futuro crescimento de nossas táticas combinadas de caças de quinta geração.”

FONTE/FOTOS: USAF (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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