Programa da Dassault e da BAE Systems, cuja fase de estudos recebeu hoje contrato de 150 milhões de euros, visa uma futura aeronave não pilotada de combate, embora na cerimônia do anúncio se tenha falado em ‘sistemas aéreos tanto pilotados quanto não pilotados’

Nesta quarta-feira, cinco de novembro, ocorreu uma cerimônia na sede da empresa francesa Dassault, em Saint-Cloud. Na ocasião, a Dassault e a BAE Systems anunciaram um contrato de dois anos para o programa franco-britânico do futuro sistema áereo de combate (FCAS – Future Combat Air System). Esse anúncio se segue a um acordo político anunciado entre os dois países em julho deste ano, no evento aeronáutico de Farnborough, no Reino Unido.

O contrato foi oficialmente concedido à Dassault, capitaneada por Eric Trappier e à BAE Systems, sob o comando de Ian King, pelos chefes das agências de aquisições de defesa dos dois países, Laurent Collet-Billon da DGA francesa (Direção Geral de Armamento) e Bernard Gray, da área de Material de Defesa do Ministério da Defesa do Reino Unido.

Segundo Trappier, esse novo passo “prepara o futuro para sistemas aéreos tanto pilotados quanto não pilotados. Ele garante que as empresas da França e da Grã-Bretanha manterão a excelência tecnológica, vital para sua competitividade num ambiente globalizado. Mostra o comprometimento da França e da Grã-Bretanha na sua ambição de se manter como potências líderes em aviação.”

Ian King afirmou que “o recebimento deste contrato é um passo chave na parceria entre nossas duas nações, governos e indústrias. A fase de viabilidade permitirá que as indústrias do Reino Unido e da França trabalhem juntas de forma próxima, provendo bases firmes para a continuidade do programa de demonstração do futuro sistema aéreo de combate, mantendo também diversos empregos de alta qualificação.”

A cooperação entre França e Reino Unido é vista como a maneira eficiente de evoluir uma solução do tipo UCAS (Unmanned Combat Air System – sistema de combate aéreo não pilotado), enquanto apoia as intenções de ambos os governos para laços de defesa mais próximos.

O contrato de estudos conjuntos, no valor de 150 milhões de euros (equivalentes a 120 milhões de libras, 191 milhões de dólares e 482 milhões de reais), deverá ser suplementado com verbas adicionais da França e do Reino Unido no valor combinado de 100 milhões de euros (80 milhões de libras) no mesmo período de dois anos do estudo, que deverá construir as fundações nas quais um programa conjunto de longo prazo estará focado em dois pontos: desenvolvimento de conceitos para um sistema operacional; maturação de tecnologias-chave que serão requeridas para um futuro UCAS operacional.

Após o estudo ser completado, no final de 2016, o trabalho deverá começar num programa de desenvolvimento de um UCAS de demonstração, atendendo aos futuros requerimentos militares das duas nações. Além de empregos de alta qualificação na Dassault Aviation e na BAE Systems, essa fase de estudos de viabilidade sustentará mais empregos em empresas como Roys-Royce, Selex ES, Snecma (Safran), Thales e pequenas e médias empresas envolvidas no programa.

FONTE / IMAGENS: Dassault e BAE Systems (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês e inglês)

VEJA TAMBÉM:

wpDiscuz