Suécia e Finlândia buscam ‘relações especiais’ com a OTAN
Dentre as metas, uma das mais ambiciosas é o desdobramento de forças terrestres, aéreas e navais da OTAN nos territórios dos dois países, com apoio logístico destes
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Segundo reportagem do site Defense News publicada na sexta-feira, 10 de outubro, a Finlândia e a Suécia estão ampliando os diálogos de cooperação militar com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), cobrindo o desenvolvimento de uma “relação especial” com a Aliança Ocidental. Um quadro inicial para negociações foi acordado durante discussões no recente encontro da OTAN no País de Gales.
A Suécia e a Finlândia, não alinhadas à organização, estão buscando um “status de relações especiais” com a OTAN no contexto do conflito na Ucrânia e dos crescentes investimentos russos em defesa, nas áreas do Mar do Norte e do Mar Báltico. A proposta está centrada num memorando que detalha 50 a 60 dos chamados “objetivos mútuos”. Uma das metas mais ambiciosas desse memorando é o mecanismo de apoio da “nação hospedeira”, um protocolo no qual a Finlândia e a Suécia poderiam permitir, por convite, que a OTAN desdobre forças terrestres, aéreas e navais nos seus territórios. Os dois países concordariam em fornecer total apoio logístico, como alojamento, transporte e munições.
Há, porém, oposições internas, sendo que o presidente finlandês vem rejeitando as críticas de partidos de oposição, os quais alegam que essa “relação especial” seria um primeiro passo para entrar no OTAN pela porta dos fundos. Por seu lado, a ministra da Defesa da Suécia Karin Enström (nota do editor: com o novo governo, ela foi substituída por Peter Hultqvist em 3 de outubro) descreveu esse “status de relação especial” como uma progressão natural do Programa Parceria pela Paz da OTAN, ao qual Suécia e Finlândia se juntaram em 1994.
Esse protocolo de “nação hospedeira” estabelece limites nos quais tropas da OTAN teriam permissão para entrar nos países, a convite. O apoio público para uma eventual entrada na OTAN vem crescendo na Finlândia, e uma pesquisa realizada em agosto viu crescer de 22% para 26% o número de finlandeses que apoiam essa possibilidade. Já na Suécia, o conflito na Ucrânia mexeu com os líderes políticos e militares, fazendo com que o nível de prontidão fosse elevado, reforçando-se as capacidades de interceptação sobre o Báltico com o desdobramento de caças Gripen adicionais à Ilha de Gotland, a base avançada sueca mais importante da região.
FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Forças Armadas da Suécia e Forças de Defesa da Finlândia
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