Contrato para demonstrar tecnologias tem valor divulgado de 89 milhões de euros, divididos por vários anos. Grupo Thales informou que envolverá outras companhias menores que já trabalharam no atual radar AESA RBE2, que equipa os mais recentes caças Rafale de produção

Em nota divulgada na segunda-feira, 29 de setembro, a Direção Geral de Armamento da França informou que foi oficialmente concedido, ao grupo Thales, um contrato de estudos tecnológicos referente à futura geração de radares de antena ativa (AESA – varredura eletrônica ativa). O projeto objetiva demonstrar tecnologias de painéis multifuncionais e novos processadores modulares. As novas antenas se destinam a equipar futuramente o avião de combate Dassault Rafale e a serem compatíveis com os próximos drones (aeronaves remotamente pilotadas) de combate.

O valor informado do contrato é de 89 milhões de euros (cerca de 112 milhões de dólares ou 275 milhões de reais), divididos ao longo de vários anos. Esse investimento, segundo a DGA (Direction générale de l’ armament), ilustra o esforço do Estado Francês em manter o avanço tecnológico da indústria de defesa francesa, especialmente na área de aviação militar. Ainda que tenha sido pioneira na Europa a colocar em operação um radar AESA (o RBE2) num caça, o Rafale, a França entende que deve se conservar como líder no domínio de radares aeroembarcados.

Os estudos, ainda segundo a nota, permitirão demonstrar a maturidade dos componentes e desenvolver uma nova geração de antenas multifuncionais (radar, guerra eletrônica e comunicações). Essas novas antenas deverão oferecer vantagens significativas em alcance e discrição, permitindo manter um alto nível tecnológico para a indústria francesa de aviões de combate. A nota também informou que, pela lei de programação militar 2014-2019, a DGA deve investir na indústria, em estudos, 730 milhões de euros ao ano (961 milhões de dólares ou cerca de 2,26 bilhões de reais).

O Grupo Thales também divulgou nota a respeito do contrato de demonstração de tecnologia, na qual ressaltou, além dos pontos já informados pela DGA, que cerca de 100 pessoas da Thales estarão envolvidos nos estudos ao longo dos próximos quatro anos. Também estarão envolvidos diversos fornecedores de pequeno e médio porte que já participaram do desenvolvimento do atual radar de varredura eletrônica ativa do Rafale.

FONTES:  DGA e Thales (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês e inglês)

FOTOS (da assinatura do contrato e, em caráter meramente ilustrativo, da mais recente versão do Rafale com seu radar RBE2): Thales

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