Quando os militares dos EUA lançaram seus primeiros ataques aéreos sobre o Iraque depois de três anos, foram os F/A-18F Super Hornet embarcados no porta-aviões USS George HW Bush, que realizaram a missão. Isso não ocorreu por acaso, disseram funcionários e analistas de defesa. A aeronave é usada na missão FAC(A) ou “controle aéreo avançado – aero embarcado” da Marinha, o que é mais eficaz no levantamento do campo de batalha, identificação de alvos e designação dos mesmos com o emprego de lasers para guiagem de bombas.

Qual é a diferença? O modelo “F” do F/A-18 é uma aeronave biposta, onde o “caso do assento traseiro” também é capaz de entender o ambiente que eles estão sobrevoando e encontrar alvos adequados, disseram duas fontes com conhecimento das operações de voo embarcadas. Os primeiros ataques foram realizados por aviões do Strike Fighter Squadron 213 “Black Lions”, baseado em Naval Air Station Oceana, Virgínia, segundo informações da Marinha. Pessoas familiarizadas com a aviação naval disseram que é provável que a unidade irá ser convocada em outras oportunidades caso os Estados Unidos prossigam com os ataques aéreos no Iraque.

“Eu esperaria para ver os “Black Lions” com papel destacados nas ações [contra o ISIS] de vigilância do campo de batalha e ataques”, disse uma fonte. “E eu tenho certeza que é por isso que essas primeiras missões foram [feitas] com os modelos F, porque os planejadores esperam que as missões necessitem de uma grande quantidade de órbitas acima do campo de batalha confuso, tendo o cuidado de identificar alvos no solo antes do ataque de precisão”.

O George Bush possui a bordo três outros esquadrões de Hornet: o “Tomcatters” do Strike Fighter Squadron 31, os “Valions” do Strike Fighter Squadron 15 e os “Golden Warriors” do Strike Fighter Squadron 87, todos baseados em Oceana. Os Tomcatters voam o modelo monoposto F/A-18E, enquanto os “Valions” e os “Golden Warriors” voam os antigos F/A-18C, disseram autoridades da Marinha. Para outras missões, a aeronave monoposta tem algumas vantagens: o peso do segundo tripulante e do seu assento ejetável degrada o desempenho da aeronave.

A Marinha lançou dois vídeos que reforçam o uso do F/A-18F nos ataques no Iraque. O primeiro mostra a visão do cockpit a partir de um avião do Black Lions enquanto ele decolava do navio no domingo, juntamente com imagens dos Super Hornet no ar depois.

A segunda mostra marinheiros a bordo do George Bush manuseando bombas GBU-54 no sábado:

FONTE: The Washington Post (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

NOTA DO EDITOR: as Forças Armadas dos EUA não possuem um substituto para o Hornet/Super Hornet bipostos na função FAC(A) para o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e para a Marinha dos EUA respectivamente. Lembrando também que o F-35 não terá versão biposta. Para maiores informações sobre o assunto, veja matéria “Um é pouco, dois é bom?” na Revista Forças de Defesa n.6.

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