Grupo Airbus acelera planos para vender suas ações da Dassault

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Concorrência do Rafale com o Eurofighter Typhoon em disputas internacionais, além da disposição em reduzir influências governamentais após reestruturação, estariam entre os motivos

Reportagem do site Defense News publicada na quarta-feira, 30 de julho, noticiou que o Grupo Airbus revelou sua determinação em vender os 46,3% de ações que possui do fabricante rival Dassault Aviation, conforme o grupo reestruturado se livra dos últimos vestígios de controle estatal.

A Airbus mantinha sua parte na Dassault, que fabrica tanto jatos executivos quanto aviões de combate, desde antes de sua entrada na EADS, como um legado da nacionalização da indústria aeroespacial francesa no início dos anos 1980. Porém, com seu interesse no consórcio Eurofighter, a Airbus tem se encontrado frequentemente numa posição em que o caça Typhoon, do consórcio, concorre com o rival Rafale, da Dassault, em concorrências de aviões de combate.

Essa revelação foi feita na publicação dos resultados financeiros do grupo referentes ao primeiro semestre deste ano, em que a empresa informa: “Como parte da revisão do portfólio, o Grupo Airbus continua a buscar opções de venda de seus investimentos na Dassault Aviation.” Nesta quarta-feira, o diretor executivo Tom Enders da Airbus, falando numa coletiva de imprensa e investidores sobre os resultados financeiros, não quis revelar o cronograma para essa venda. Porém, ele afirmou que o Grupo Airbus está “trabalhando ativamente”  para vender sua parte na Dassault.

Não foi dado nenhum motivo específico para o renovado interesse na venda, mas fontes ligadas à indústria disseram que, desde que o grupo reestruturou sua composição de ações no início de 2013, reduzindo a influência dos governos francês e alemão, foram removidos os impedimentos para o negócio.

Até o momento em que o site publicou a notícia, ninguém da Dassault estava disponível para comentar o fato. O Grupo Airbus registrou ganhos de 67 milhões de euros (90 milhões de dólares) em sua parte na Dassault no primeiro semestre deste ano.

FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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