Novo terminal do aeroporto de Cumbica é inaugurado em Guarulhos

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Instalação começa a funcionar antes da Copa do Mundo para tentar aliviar a movimentação no principal aeroporto brasileiro

Os passageiros de um voo vindo da Alemanha foram os primeiros a conhecer o terceiro terminal do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, que deve receber 12 milhões de viajantes por ano e descongestionar o transporte aéreo às vésperas da Copa do Mundo.

O novo terminal entrou em operação na madrugada e terá exclusivamente voos internacionais, inicialmente procedentes ou com destino à Europa, informaram os administradores do aeroporto com maior movimento do Brasil. Mas a maioria dos voos internacionais só será transferida ao terceiro terminal depois do Mundial para que as instalações atendam a grande parte dos turistas europeus que desembarcarão no país em junho e julho para assistir ao evento.

A estação servirá inicialmente como base de operações de três companhias aéreas europeias, incluindo a alemã Lufthansa, que estreou o espaço e, até o Mundial, oito companhias á poderão operar nas novas instalações.

De acordo com os administradores do aeroporto paulista, o terceiro terminal operará com toda sua capacidade a partir de setembro próximo, quando será responsável por 80% dos voos internacionais que têm São Paulo como destino ou origem e base para 25 companhias aéreas.

A nova estação, com 192 mil metros quadrados e uma das mais modernas do país, tem elevadores panorâmicos, esteiras rolantes, paredes de vidro que aproveitam a luz natural, sistemas de reutilização de água da chuva e câmeras de segurança com capacidade de identificar rostos.

Nos postos de controle, os sistemas de leitura de passaportes é eletrônico, o que agiliza as filas e aumenta a segurança.

Desde 2012, o aeroporto de Cumbica é administrado pelo consórcio formado pela Invepar e a operadora sul-africana Airports Company South Africa.

Conheça o novo Terminal 3 (informações do site GRU Airport)

Guarulhos, maio 2014 – Após um ano e nove meses de obras, o novo Terminal de Passageiros, o TPS3, do GRU Airport – Aeroporto Internacional de São Paulo entra em operação no dia 11 de maio, com capacidade inicial para receber 12 milhões de pessoas por ano, na primeira fase. Voltado para voos internacionais, o Terminal 3 tem uma área de 192 mil m2 e conta com tecnologias e equipamentos comparáveis aos dos melhores aeroportos do mundo.

“O Terminal 3 representa uma mudança de paradigma na infraestrutura aeroportuária do País. A partir de agora, a experiência do passageiro com o aeroporto será outra, principalmente em relação à eficiência operacional, qualidade dos serviços, conforto e segurança”, destaca o presidente do GRU Airport, Antonio Miguel Marques.

Com a entrega do TPS3, a Concessionária finaliza a primeira fase de grandes obras, eliminando os principais gargalos do aeroporto. “Desde que assumimos a gestão, em fevereiro de 2013, praticamente duplicamos a oferta em áreas antes críticas”, explica o presidente. O número de vagas de estacionamento passou de 3,9 mil do período pré-concessão para 8 mil atuais; os pátios, que antes tinham capacidade para 61 aeronaves, agora contam com 108 posições; e, com a abertura do novo terminal e as obras de expansão no TPS2, a área de terminais mais que dobrou desde o início da concessão, de 191 mil m2 para 387 mil m2.

Mais agilidade no fluxo de passageiros 

Inspirado na estrutura dos aeroportos mais modernos da Ásia e da Europa, o TPS3 é dividido em dois blocos de edifícios, com cinco níveis. O primeiro é reservado à recepção e processamento de passageiros, onde estão as áreas de check-in, raios-X, controle de passaporte, alfândega e restituição de bagagem, enquanto o segundo é um píer de acesso às aeronaves, com 20 pontes de embarque. Já a ligação com o Terminal 2 e o edifício-garagem é feita por passarelas elevadas envidraçadas, equipadas com esteiras rolantes que permitirão a conexão direta de passageiros em trânsito. Os dois pátios que atendem ao Terminal 3 têm capacidade para 34 aeronaves.

O projeto valoriza a iluminação natural e espaços amplos, que facilitam a circulação de pessoas em áreas-chave, como saguão de embarque (check-in), área de restituição de bagagem, controle de passaporte e alfândega. As tecnologias instaladas também permitirão agilizar o fluxo de passageiros. Os totens de autoatendimento para check-in, por exemplo, permitem imprimir o bilhete de embarque e as etiquetas de bagagem. Os balcões de check-in estão dispostos em três ilhas, com 30 posições em cada, totalizando 90. Para passageiros em conexão, há outros 18 balcões.

Outra novidade é o controle de acesso à área restrita, que agora será feito por meio de portões com leitura ótica do bilhete de embarque. A área de restituição de bagagem conta com sete grandes carrosséis com esteiras inclinadas, distribuídos num amplo salão. Para este ano, também devem entrar em funcionamento o despacho automático de bagagem e os portões eletrônicos (e-gates) de controle de passaporte brasileiro e o sistema automático de distribuição de bagagens, o que deve facilitar ainda mais o fluxo de passageiros no terminal, além do ganho operacional.

A estrutura do Terminal 3 conta com um espaço maior na área restrita (após a inspeção de raios-X) do que na área pública, ao contrário dos Terminais 1 e 2. “A ideia é que o passageiro realize todos os procedimentos de embarque por conta própria e fique livre para aguardar o seu voo com tranquilidade e conforto”, explica o presidente do GRU Airport. Desta forma, a maior parte das lojas está localizada na área restrita, após os raios-X de inspeção de segurança. São cerca de 100 estabelecimentos comerciais, entre lojas, bares, lanchonetes, restaurantes, livrarias e serviços gerais, com opções para os diferentes perfis de público. Haverá, ainda, uma área com 15 lojas de grife, a GRU Avenue, em referência à 5ª Avenida, em Nova York. No lounge, piso mais alto do novo terminal, estarão as Salas VIP das companhias aéreas e a do próprio aeroporto, a First Class Lounge.

Cronograma de Transferência 

Para garantir a segurança operacional, a Concessionária, em conjunto com as companhias aéreas e suas prestadoras de serviços (esatas/ground handlers), e orientada por consultorias internacionais especializadas em abertura de terminais, decidiu realizar a transferência das empresas aéreas em fases.

O processo tem início em maio, com a entrada da Lufthansa, Swiss Airlines e TAP, e segue até setembro, quando 21 companhias estarão em operação no Terminal 3. Até a Copa do Mundo, oito empresas já terão se transferido, o que representa 25% dos voos internacionais de Guarulhos. Com a conclusão da transição, 80% das operações internacionais serão atendidas pelo novo terminal.

Projeto sustentável 

Desenvolvido pelo Grupo Typsa / Engecorps, uma das maiores empresas de engenharia consultiva do mundo, o projeto arquitetônico do Terminal 3 conta diversas soluções sustentáveis. A arquitetura prioriza a iluminação natural por meio das paredes envidraçadas, sem o peso das esquadrias. A estrutura permite melhor economia de energia e ampla visão da área externa do pátio de aeronaves, além de valorizar os espaços internos, proporcionando maior sensação de conforto ao usuário. O passageiro também encontrará jardins internos com vegetação nativa e paisagem na fachada de traços únicos no mundo.

Além disso, a cobertura do Terminal 3 foi projetada para captar as águas da chuva, que, junto com as “águas cinzas” de uso leve nos sanitários (lavagem), são direcionadas a um sistema de tratamento químico. A partir daí, a água é reutilizada nas descargas de bacias e outros usos que não têm contato humano direto. O emprego das águas cinzas e não potáveis proporciona uma economia que impacta não somente no custo de operação, mas principalmente na preservação dos recursos hídricos demandados pelo aeroporto.

Futuro 

Em outubro deste ano, a Concessionária inicia o projeto de modernização (retrofit) dos Terminais 1 e 2, em linha com a estrutura adotada no TPS3. A obra deve durar cerca de 18 meses, com prazo de entrega para o primeiro semestre de 2016, e proporcionará mais conforto aos passageiros dos antigos terminais.

O plano diretor do aeroporto prevê, ainda, uma série de obras para os próximos 10 anos, como novos edifícios-garagens e investimentos em desenvolvimento imobiliário, com a construção de torres empresariais, hotéis, centro de convenções, entre outros empreendimentos.

FONTES / IMAGENS Veja (com EFE e Reuters), Estadão e GRU Airport

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