Sequestro do Boeing da Ethiopian Airlines: por que a França enviou o Mirage 2000 e não o Rafale?
A base hospeda o “Escadron de chasse 2/5 Île-de-France” (EC 2/5). Esta unidade é responsável pela conversão operacional dos pilotos da Força Aérea Francesa para o Mirage 2000 (empregando o modelo biposto), mas também atua como unidade de defesa aérea empregando o Mirage 2000C RDI.
Este é o esquadrão de defesa aérea que estava mais próximo da rota do Boeing 767 que seguia do espaço aéreo italiano para o aeroporto de Genebra, na Suíça (ver mapa abaixo). Os esquadrões operacionais equipados com Dassault Rafale estão localizados mais a norte, na Base Aérea de Saint-Dizier-Robinson (BA113), e não fazia o menor sentido empregá-los. Também existe um outro esquadrão de caça na região Sul da França (Base Aérea de Istres), mas este é composto por aeronaves especializadas em ataque nuclear (EC 2/4 equipado com Mirage 2000N).
Ainda segundo a nota os Eurofighter italianos interceptaram o jato comercial às 5:07h (horário local) e cinco minutos depois repassou a missão para um Mirage 2000 da Força Aérea Francesa. Este caça acompanhou o 767 até às 5:56h, quando um segundo Mirage 2000C recebeu a ordem de decolar. O Boeing pousou no aeroporto de Genebra exatamente às 6:02h.
É interessante notar que um ano atrás os dois países executaram um exercício de interceptação e defesa aérea (ver último link da lista abaixo) muito parecido com os eventos que ocorreram na semana passada e os mesmos modelos de aeronaves (Typhoon e Mirge 2000) foram empregados. No caso da França também eram caças do EC 2/5.
Com informações do Ministério da Defesa Francês
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