Boeing conclui novo laboratório no país
O resultado da concorrência dos caças F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB), que favoreceu a empresa sueca Saab, com seu avião Gripen NG, não fizeram a Boeing mudar seus planos de investimentos de longo prazo no Brasil, afirmou Antonini Puppin Macedo, diretor de Operações e Coordenador de Pesquisas da empresa no Brasil.
“Estamos expandindo nossos projetos, pois conseguimos bons parceiros no país, onde vemos um grande potencial de crescimento na colaboração existente hoje com empresas e instituições de pesquisa e ensino, especialmente nas áreas de ciências do voo, energia, meio ambiente, materiais e educação em engenharia”, ressaltou.
Em 2013, a fabricante americana fechou três acordos com a Embraer, na área de biocombustível e cooperação para o desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390 e para o fornecimento de sistemas para a aeronave Super Tucano. Também assinou dois acordos com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Com o Inpe, segundo Macedo, o foco da parceria é na área de sensoriamento remoto e agricultura de precisão para safras energéticas sustentáveis. “A ideia é envolver outras instituições e criar uma massa crítica nessa área, servindo de fonte para biocombustíveis sustentáveis para aviação”, comentou.
No caso do DCTA, Macedo explica que a Boeing tem interesse em promover uma interação entre o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e as universidades estratégicas americanas, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), Califórnia Institute of Technology (Caltech) e a de Stanford.
A Boeing também estuda com o ITA a possibilidade de uma parceria na área de gestão de tráfego aéreo. Segundo o executivo, a Jeppesen, subsidiária da Boeing especializada em gestão de tráfego aéreo, está apoiando a empresa neste projeto no Brasil.
“A ideia é trazer ferramentas profissionais para o desenvolvimento do projeto e a instalação de um laboratório de simulação e análise de tráfego aéreo dentro do ITA”, afirmou Macedo.
Outro projeto estratégico da Boeing no Brasil está relacionado à Plataforma Brasileira de Bicombustível, lançada em agosto, com o objetivo de implementar uma cadeia de valor integrada de biocombustível e de energias renováveis. O projeto é uma iniciativa que conta com participação da Gol, General Electric, Amyris, Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO).
O primeiro voo com biocombustível, produzido a partir de óleo de cozinha e óleo de milho não comestível, foi realizado em outubro, em um avião Boeing 737-800, da Gol. “O próximo passo é viabilizar um novo voo comercial com biocombustível durante a Copa”, informou.
FONTE: Valor Econômico, via Notimp
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