Primeiro dia no Singapore Airshow 2014
Alexandre Galante – Singapura
Singapura é muito quente e úmida, chega a incomodar. Sorte nossa é que em quase todos os prédios existe ar-condicionado. Ficamos imaginando como deve ter sido a vida dos pioneiros que desbravaram essas terras primeiro, enfrentando as florestas, febre amarela etc. Aliás, quem pretende visitar Singapura tem que tomar a vacina contra a febre amarela, é exigência para desembarcar aqui.
Nosso primeiro dia no Singapore Airshow 2014 começou muito bem. Já na entrada da base aérea podíamos ouvir o ronco dos motores de um caça fazendo uma exibição. Como temos ouvido treinado, sabíamos que era um F/A-18E Super Hornet da Força Aérea Real Australiana (RAAF) o que confirmamos logo a seguir, quando conseguimos ultrapassar as barreiras de fiscalização para a entrada no show.
O Super Hornet impressiona e quem pode vê-lo no Brasil sabe do que estou falando: potência de sobra, passagens lentas com alto ângulo de ataque e subidas rápidas até desaparecer da vista dos espectadores.
Logo após a exibição do F/A-18E foi a vez dos Black Eagles da Força Aérea Sul-Coreana (ROKAF), que voam o jato T-50 Golden Eagle
A demonstração do grupo de 8 aeronaves é incrível, de arrepiar os cabelos até dos mais antigos entusiastas de avião. A música e a fonia dos pilotos em sincronia com as manobras é um espetáculo de técnica e coragem.
Depois dos Black Eagles, foi a vez da apresentação do Yak-130 russo e da aeronave MV-22 Osprey. Este último realmente parece coisa feita com tecnologia alienígena. O Osprey fez um balé em frente à arquibancada, fez passagens em modo avião, converteu para helicóptero, fez voo pairado sobre a água e despediu-se convertendo para o modo avião. Destaque também para o baixo nível de ruído do Osprey, super silencioso, o que deve facilitar sobremaneira as operações especiais.
Depois das exibições fomos para o interior do pavilhão principal do Singapore Airshow para trabalhar, já que viemos a convite da empresa ST Engineering de Singapura e nosso objetivo aqui é cobrir o evento e divulgar seus produtos. A vida de jornalista de aviação e defesa não é fácil, embora possa parecer às vezes. Para chegar até Singapura passamos quase 22h em voo e ainda estamos sob efeito do “jet lag”, que dá enjoo e mal estar.
Não tivemos tempo de ver as aeronaves que estão em exposição na parte externa, mas pretendemos fazer isso hoje.
Enquanto isso, segue uma foto deste editor feliz da vida por mais esta oportunidade de cobrir grandes eventos de aviação no mundo e trazer para nossos leitores nossas impressões e imagens em primeira mão.
Até o próximo post!
FOTOS: Alexandre Galante