Plano da FAB inclui fechamento do aeroporto de Fortaleza para pousos durante jogos da Copa

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Estão proibidos pousos no Aeroporto Pinto em um período antes e depois do início dos jogos na Arena Castelão. Poderá haver acomodação de voos

 

Andreh Jonathas

A Força Aérea Brasileira (FAB) já tem definido plano de defesa aérea das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Uma das medidas de controle, no caso de Fortaleza, será o fechamento do Aeroporto Internacional Pinto Martins para aterrissagens. Serão 26 horas no total, divididos entre os seis jogos disputados na Arena Castelão. O POVO teve acesso à parte do plano de segurança com exclusividade.

“Nós já fazemos defesa aérea o ano inteiro, em todo o Brasil. Durante os jogos, estamos aplicando um esquema especial para defesa dos estádios e da população. Em Fortaleza, 4 milhas náuticas (7,4 km) em volta do Castelão será uma hora antes e três horas após o início dos jogos (na primeira fase) com o espaço aéreo fechado para pousos. Estamos autorizando as decolagens, porque você prejudica menos a malha comercial”, revelou o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra).

Conforme o brigadeiro, a decisão de proibir pousos no Pinto Martins foi acordado com a Secretaria da Aviação Civil (SAC), a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) e as empresas aéreas. Para ele, não há como ter maior segurança sem restrições.

“Quanto mais você restringe a utilização do espaço aéreo, mais você aumenta o nível de segurança, mas também prejudica mais a população. Em Fortaleza, por exemplo, é o único aeroporto da cidade. Fechar o aeroporto no período do jogo prejudica no aspecto do deslocamento”, admite o militar, mas faz a ressalva que será feriado e o tráfego aéreo já estará reduzido.

Batista informou que a FAB executa apoio logístico, reforma e odenização de aeronaves, plano especial de defesa na Copa, além das obras do novo centro de comando de defesa aérea em Brasília, com o orçamento de R$ 220 milhões, definidos há dois anos.

“Ficará como legado. Estamos triplicando a capacidade de supervisão e intervenção da defesa aérea brasileira com o novo centro”, disse. A depender das necessidades, a FAB pode solicitar mais recursos, principalmente, para apoio logístico.

“Estamos pedindo reforço para nossa capacidade de transporte. Damos apoio às doze sedes e à Polícia Federal contra terrorismo. Estamos pedido um complemento para fazer isso melhor, cerca de 360 horas de transporte”, adiantou o brigadeiro.

FONTE: O Povo

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