Rafale na Índia: Dassault analisa as lacunas nas capacidades da HAL
Em preparação para fornecer 126 caças Rafale à Índia, a empresa francesa Dassault Aviation está realizando análises sobre lacunas nas capacidades da PSU HAL (estatal aeronáutica indiana) em produzir aviões de combate, de forma a recomendar melhorias.
O Ministério da Defesa da Índia e a Dassault ainda estão no processo de negociar o acordo, que deverá custar mais de Rs 60.000 crore ao Governo (nota do editor: as especulações sobre o valor, em dólar, variam entre 10 e 20 bilhões). No ano passado, a Índia selecionou o Rafale francês, que eliminou cinco outros concorrentes após uma concorrência de cinco anos.
Juntas, a HAL e a Dassault trabalharão para produzir na Índia um total de 108 caças (outros 18 serão fornecidos diretamente da França) para a Força Aérea Indiana, dentro do programa MMRCA – avião de combate multitarefa de porte médio. Segundo fontes da HAL, a Dassault está interagindo com várias divisões da estatal indiana em pacotes de trabalho relacionados à encomenda. Como parte da transferência de tecnologia, a Dassault está recomendando a capacidade de produção requerida e, por meio das análises de lacunas (gap analysis), a HAL poderia planejar a modernização das instalações, disseram as fontes.
A HAL é a líder de integração do programa, e tem se preparado para implementar o projeto. Em maio de 2012, foi criado um Grupo de Projeto MMRCA dedicado em tempo integral a esse programa. Grupos de ação também foram criados em todas as divisões da HAL que fazem parte do MMRCA, e todos os grupos estão trabalhando de forma coordenada para interagir com os fabricantes originais de equipamentos, segundo as fontes da HAL.
Anteriormente, a Dassault queria que a Reliance Industries fosse o principal parceiro na produção do caça na Índia, mas o Governo Indiano deixou claro que isso não era possível. Isso porque nos termos da concorrência do MMRCA, estava claro que a PSU HAL seria o integrador líder do projeto. A Dassault vem colaborando com diversas companhias privadas e estatais da Índia para cumprir suas obrigações de compensações (offsets) e, como parte delas, deverá construir uma instalação com a Reliance para produzir as asas do Rafale.
FONTE: PTI, via The Hindu Business Line (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: Dassault
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