Para os executivos da empresa, dentro de sete anos o custo do F-35 deverá estar próximo ao do F-16 e a compra do caça furtivo da empresa deverá ser mais vantajosa para os potenciais clientes

 

A Lockheed Martin tem encomendas suficientes para manter a sua linha de produção do caça F-16 até o terceiro trimestre de 2017, e espera conseguir mais encomendas que manteriam a linha em atividade até 2020, dizem os executivos da empresa.

Por volta de 2020, o custo do novo F-35 da Lockheed terá caído tanto que os potenciais clientes provavelmente irão optar pelo jato furtivo disse Bill McHenry, chefe de desenvolvimento de negócios da Lockheed para o F-16, à Reuters em uma entrevista recente.

Mas, por enquanto, a empresa continua a buscar potenciais vendas e modernizações de F-16 no Oriente Médio, na América do Sul e outros mercados, disse ele.

“Nós acordamos todos os dias e saímos para fazer o que pudermos”, disse ele. “Mas há um ponto de inflexão por aí… em algum momento perto de 2020, onde vai fazer mais sentido adquirir o F-35 do que o F-16”. A Lockheed anunciou na sexta-feira passada a conclusão do seu 100º caça F- 35.

A Lockheed produziu mais de 4.500 caças F-16 desde que o programa começou em 1975, fazendo do F-16 o mais vendido avião de caça da história. Os jatos são operados por 26 países, incluindo 15 que fizeram pedidos recentes, disse McHenry.

Os Emirados Árabes Unidos estão avaliando a encomenda de novos F-16 e um anúncio era esperado durante show aéreo de Dubai, mas nada ocorreu.

A Lockheed reduziu drasticamente a produção do F-16 em sua fábrica em Fort Worth, Texas, para cerca de um avião por mês (o pico de produção ocorreu em junho de 1987 com 30 aviões por mês), disse o porta-voz Mark Johnson.

No momento, a empresa está concluindo os trabalhos no último dos vinte F-16 encomendados pelo Egito. Esse jato e outros sete estão sendo armazenados na unidade de Fort Worth, depois que os Estados Unidos anunciaram a suspensão da ajuda militar devido às preocupações com a democracia e os direitos humanos naquele país africano.

Ela também está trabalhando em 12 caças F-16 para Omã, sendo que eles se encontram em vários estágios de acabamento numa linha de produção no Edifício 8 (conhecido como o “Ninho do Falcão”) que está diminuindo pouco a pouco, além de um total de 36 jatos encomendados pelo Iraque.

Um dos 145 caças de Taiwan que serão modernizados também está na fábrica. O seu cone de nariz já está aberto para a inserção do novo radar de varredura eletrônica ativa (AESA).

McHenry disse que a Lockheed viu oportunidades adicionais para atualizar F-16 existente para a nova configuração F-16V, que inclui o radar AESA, sistema de posicionamento global, equipamentos de guerra eletrônica atualizados e novos aviônicos.

Ele reconheceu que outras empresas, incluindo a BAE Systems da Grã-Bretanha, estavam tentando capturar alguns dos trabalhos de atualização, mas disse a Lockheed oferece menores custos e maiores economias de escala, dada a amplitude do seu trabalho existente com os 26 países que já operam a jato.

O Pentágono aprovou no mês passado um acordo segundo o qual BAE irá atualizar 134 antigos caças F- 16 para a Coreia do Sul, um movimento que poderia pressionar a Lockheed para competir de forma mais agressiva em busca de ofertas de atualização.

FONTE: Reuters (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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