F-X2: Dilma diz a François Hollande que o Brasil não comprará caças da França

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Au revoir – Dilma Rousseff disse nesta semana ao presidente François Hollande que o Brasil não comprará da França os 36 caças do programa FX-2, da Aeronáutica. O entrave para a aquisição do Rafale, fabricado por um consórico liderado pela francesa Dassault, é o preço: ele custaria o dobro dos concorrentes –o F/A-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o sueco Gripen-NG. Na expectativa de selar o negócio, Hollande trouxe o presidente da Dassault, Éric Trappier, em sua visita ao Brasil.

Sinais trocados – Surpresos, auxiliares relatam que Dilma deixara no ar que poderia decidir pelos franceses, pois acompanhou Hollande em dois eventos no Brasil, contrariando seu estilo. Mas, nas palavras de um deles, era um “gesto de consolação”.

Finesse – Apesar do contratempo comercial, Hollande foi cavalheiro com a brasileira: ela tropeçou ao descer uma escada ontem na Fiesp, em São Paulo, e só não caiu porque o francês a amparou.

FONTE: Folha de São Paulo (coluna Painel, de Vera Magalhães)

COLABOROU: Grifo

NOTA DO EDITOR: não tenho por hábito botar a mão no fogo por ninguém, mas devo dizer que conheço a colunista desde a época da faculdade, embora há tempos não tenhamos contato. Pela sua trajetória profissional, sei que não é de seu estilo inventar coisas, e sim acompanhar de perto as fontes do poder. Se está publicando a informação, é porque provavelmente alguma fonte bastante ligada ao que acontece no governo a transmitiu. Porém, como esse programa F-X2 já viu todo tipo de reviravolta, nada impede que outra ainda aconteça para que o Rafale recupere sua posição no topo dessa roda-gigante, onde já esteve em setembro de 2009. Afinal, tempo é o que não falta: à exceção daquele fatídico 7 de setembro, sucessivos ocupantes da Presidência nunca mostraram ter pressa para resolver a questão.

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