Helibras testa em Minas primeiro helicóptero militar feito no Brasil
Governo encomendou 50 unidades do EC725 para renovar frota das Forças Armadas; empresa fez fábrica nova em Itajubá
Serão produzidas ao todo 50 aeronaves EC725, uma encomenda do Ministério da Defesa para equipar a frota das três Forças Armadas. O investimento total é de € 1,9 bilhão.
A Helibrás é a única fabricante brasileira de helicópteros, sendo responsável no País pela montagem e venda das aeronaves do grupo europeu Eurocopter.
O governo brasileiro estabeleceu como cláusula condicionante da encomenda a transferência de tecnologia e do conhecimento necessários para a fabricação das aeronaves no Brasil. A companhia também se compromete a atingir o índice de 50% de conteúdo nacional nas aeronaves até o final do contrato, em 2017.
Nos termos do acordo entre o governo e consórcio Helibrás/ Eurocopter, o lote total será dividido em três grupos de 16 unidades para Aeronáutica, Exército e Marinha cabendo duas aeronaves à frota da Presidência da República.
A Elelibrás (sic) está aplicando R$ 420 milhões na construção de um novo parque industrial da empresa em Itajubá. O modelo testado é o número 17 da série.
A produção regular começou em maio de 2012, quando o hangar principal foi finalizado. Outras sete aeronaves já estão na linha de montagem em fase final. Antes disso, os EC725 recebiam no País os cabos, sistemas eletrônicos, caixa de transmissão, rotor e toda a configuração básica.
Agora também são feitos no Brasil os trabalhos de pré-equipagem, equipagem elétrica e mecânica, mais a instalação dos pacotes de missão – os recursos que peculiarizam o emprego nas diversas operações especializadas, como ataque armado, transporte, resgate, socorro médico ou ação antissubmarino.
Além do mercado militar, a Helibrás quer atender o segmento civil, principalmente empresas da indústria do petróleo, que usam os helicópteros para voar até as plataformas de exploração oceânica.
Para o setor, a empresa oferece o EC225, uma versão civil do EC725, configurado, por exemplo, para atividades em alto-mar. A nova aeronave de asas rotativas deve custar em torno de R$ 70 milhões.
FONTE: O Estado de São Paulo (reportagem de Renê Moreira), via resenha do EB
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