Novo despistador ‘BriteCloud’ da Selex foi selecionado para o Gripen
Selex ES acaba de lançar o equipamento, que é um ‘decoy’ ativo lançado a partir de aeronaves, e informou que a sueca Saab oferecerá o dispositivo para caças Gripen novos ou existentes
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Na quarta-feira, 6 de novembro, a Selex ES lançou para o mercado o seu EAD (Expendable Active Decoy – despistador ativo dispensável BriteCloud. O lançamento foi feito em Londres, no “Churchill War Rooms”, quando também foi anunciado que a Saab é o primeiro parceiro a oferecer o equipamento de guerra eletrônica como opcional para todas as versões do seu caça Gripen, tanto novas quanto já existentes.
O BriteCloud representa novos conceitos de projetos e de tecnologias aplicadas para despistar mísseis guiados por radio-frequência (RF) e radares de controle de fogo. O equipamento tem o mesmo tamanho e forma de um “flare” (isca para mísseis guiados por infravermelho) e é lançado de um cartucho padrão de flare de 55mm. Sua alimentação é por baterias, e possibilita desviar ameaças para longe de sua plataforma lançadora, gerando grandes distâncias de erro. A tecnologia, segundo a empresa, já foi provada em testes, e estão agendadas diversas missões de qualificação e testes de voo para garantir a completa capacidade operacional.
Ainda segundo o informe da empresa, o BriteCloud é o sucessor tecnológico de gerações anteriores de despistadores RF do tipo repetidores ou rebocados (Towed Radar Decoys – TRD). Quando um BriteCloud é lançado pelo piloto, o “decoy” procura ameaças e as organiza em prioridades, utilizando tecnologia avançada DRFM. Pulsos de radar vindos da ameaça são recebidos e o computador embarcado copia esses pulsos e os usa para simular um falso alvo, de maneira tão convincente a ponto do sistema da ameaça não detectar que está ocorrendo um despistamento. Assim, a empresa diz que o equipamento pode seduzir até as mais modernas ameaças para longe da plataforma lançadora.
Por ser um jameador (interferidor) operando fora da aeronave (off-board), o BriteCloud evita as vulnerabilidades “home-on-jam” (quando a ameaça foca no jameador que opera a partir do próprio alvo) e permite colocar uma distância significativa entre ele e o caça, após o lançamento, minimizando riscos de mísseis atacantes detonarem próximos à plataforma. Outros benefícios, segundo a Selex, incluem economias de custo e de treinamento, quando comparados a outros sistemas, com cada unidade sendo significativamente mais baratas do que tecnologia TRD equivalente, além das facilidades de emprego e armazenamento.
FONTE / IMAGENS DE BAIXO: Selex ES (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTO DO ALTO: Saab
NOTA DO EDITOR: para saber mais sobre o sistema, confira material de divulgação em pdf sobre o BriteCloud, em inglês, no site da Selex ES, clicando aqui.
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