Apucarana ganha indústria de aviões
Empresa prevê investimento de R$ 6 mi e uma escola para pilotos na cidade
Cecília França – Tribuna do Norte – Diário do Paraná
As negociações começaram há sessenta dias, capitaneadas pelo diretor de comercialização da ABS, Milton Hossaka, nascido em Apucarana. Segundo ele, no Rio de Janeiro já não havia espaço para ampliar a linha de produção da indústria e, somado a isso, a construção de um complexo esportivo para as Olimpíadas do Rio acabou desapropriando áreas da ABS. Hossaka diz que várias cidades paranaenses foram cogitadas como sede pela empresa, mas pesou na decisão a localização e a proximidade com os maiores compradores de aeronaves leves do Brasil – os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul.
“Saindo de Apucarana, com duas horas de voo pousamos em São Paulo, Foz do Iguaçu, Curitiba ou Campo Grande; decolamos cedo e almoçamos no Rio de Janeiro, ou seja, é estratégico”, pontua Hossaka, que viu na receptividade da administração municipal o que faltava para a decisão. “O prefeito, Beto Preto, e o vice, Júnior, nos apresentaram o aeroporto e, depois de avaliarmos as variantes, vimos a cidade como o melhor pouso para a ABS”, afirma.
O proprietário da empresa, Durval de Moraes Farias, chega hoje à Apucarana e conversou com a Tribuna por telefone. Ele afirma estar encantado com a pista do Aeroporto João Busse, que tem 1.400 metros, e acredita na parceria com o município para movimentar o setor aeronáutico. “A região tem um grande número de empresários que podem vir a utilizar o transporte aéreo para visitação de fazendas, transporte de cargas”, diz.
O prefeito de Apucarana, Beto Preto, estima que a ABS possa gerar 60 empregos diretos no início de suas atividades, mas com o projeto de desenvolvimento de dois novos modelos de aeronaves, já em andamento, esse número deve crescer de maneira significativa. “A empresa chega a Apucarana com a garantia de obter uma área maior e viabilizar a ampliação de sua linha de produção”, relata.
INSTALAÇÃO
A ABS Indústria de Aeronaves ocupará os hangares do Aeroporto João Busse. O proprietário Durval de Moraes Farias, prevê investimento inicial de R$ 6 milhões e capacidade para produzir entre 5 e 6 aviões por mês. Atualmente, a ABS produz dois modelos de aeronaves leves, a Alpha Bravo Super e a Alpha Bravo Anfíbio, popularizada na novela Flor do Caribe, exibida recentemente pela Rede Globo.
O termo de cooperação entre prefeitura e ABS prevê a cessão de 15 mil metros de áreas de terras dentro do aeródromo do aeroporto e de outra área fora do aeródromo.
FONTE: tnonline.com.br